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A Casa do Sol - Instituto Hilda Hilst e o Ateliê Aberto, ambos situados em Campinas (SP), inauguram em 14 de junho de 2013, às 19h, a exposição do projeto “Poemas aos Homens de Nosso Tempo – Hilda Hilst em Diálogo”, que apresenta resultado de residência artística (um mês) de cinco artistas de brasileiros de diferentes estados - Paulo Meira (PE), Nazareno (SP), Divino Sobral (GO), Thiago Martins de Melo (MA) e Adir Sodré (MT). Eles foram convidados a mergulhar na vida e obra da escritora Hilda Hilst afim de produzirem trabalhos e conteúdos inéditos, desdobrados em uma exposição no Ateliê Aberto e um publicação gratuita, criada pela designer Daniela Brilhante (PE). O projeto é uma curadoria conjunta entre o Ateliê Aberto, Jurandy Valença (diretor de projetos do Instituto Hilda Hilst) e a curadora e critica de arte Ana Luisa Lima, editora da revista Tatuí. Na abertura, Adir Sodré realiza performance.
Selecionado pelo Programa Rede Nacional Funarte 9ª edição, “Poemas aos Homens de Nosso Tempo – Hilda Hilst em Diálogo” é uma evocação à série de poemas reunidos no livro “Júbilo, Memória e Noviciado da Paixão” (1974). Publicada em plena ditadura, a obra utiliza vozes masculinas como repertório poético-político no qual a escritora estava imersa naquele momento. Nesse sentido, os cinco artistas convidados e suas criações passam a representar as vozes políticas contemporâneas de Hilda Hilst.
Após um poríodo de imersão e criação, os artistas apresentam produções inéditas em variados suportes, entre eles, pintura, desenho, instalação e performance. Adir Sodré realiza uma instalação e uma performance no dia da abertura. A obra estabelece um diálogo com o livro “O Caderno Rosa de Lori Lamby” (1990), que abriga um dos personagens mais polêmicos da autora, Lori Lamby, que no trabalho de Sodré se transfigura em outro personagem interpretado pelo próprio artista, Lori Bamby. Divino Sobral apresenta uma instalação composta de uma grande pintura na parede, fotografia e esculturas, na qual a cor vermelha – presente marcante na obra de Hilda Hilst – tem grande destaque; Na instalação, Sobral também também exibe fotograia de uma instalação realizada nos jardins do IHH, no qual encobriu uma goiabeira com mais de 150 novelos de lã vermelha. Nazareno desenvolveu uma série de 15 desenhos inéditos com diversos manuscritos de sua autoria e fragmentos do livro “Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão”. Os desenhos trazem ainda diversos ornamentos jateados em vidros. Paulo Meira exibe uma instalação audiovisual no Cine Caverninha [espaço no subsolo do Ateliê Aberto], um vídeo inédito realizado na Casa do Sol/IHH e a Rádio Hilda Hilst, que tem como locutor o artista Divino Sobral, participações dos curadores do projeto, alem de músicas selecionadas pelo artista. Thiago Martins de Melo exibe pinturas à óleo em grande formato que traz como principal elemento a figueira centenária da Casa do Sol, além de signos visuais que marcam em seu trabalho. Na data de encerramento da mostra, às 16h, ocorre lançamento de um livro com distribuição gratuita criado pela designer pernambucana Daniela Brilhante.
O objetivo do projeto é o ponto de convergência de duas expressões artísticas, que ao encontrarem a profundidade e contexto da obra de Hilda Hilst, anseiam por diálogos. Os artistas foram submetidos a uma rica programação que incluiu uma visita ao Centro de Documentação Alexandre Eulálio – CEDAE/Unicamp (que abriga todos os diários e vários originais da escritora), um encontro dos artistas com o público e momentos de imersão e experimentações do grupo de residentes e demais profissionais envolvidos com o projeto.
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