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VISUAL ARTV - Rosas Periféricas apresenta no Capão Redondo o infantil Ladeira das Crianças - Teatro Funk




 
Ladeira das Crianças -Rosas Periféricas -foto de Daniela Cordeiro -5b


Nos dias 17 e 18 de maio (sexta e sábado, às 15h), o Grupo Rosas Periféricas apresenta o espetáculo Ladeira das Crianças – TeatroFunk no Parque Santo Dias, em Capão Redondo. O novo espetáculo comemora os 10 anos de atividades do grupo.

A montagem tem criação e direção coletiva do grupo com dramaturgia de Marcelo Romagnoli, a partir da adaptação dos livros O Pote Mágico e Amanhecer Esmeralda, do paulistano Ferréz (autor renomado de literatura marginal).

Iniciadas no dia 20 de abril com sessões no Parque São Rafael (ZL), região de atuação do Rosas Periféricas, as apresentações (grátis) foram viabilizadas por meio do VAI II - Programa de Valorização de Iniciativas Culturais, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

Encenada ao ar livre, a peça reflete sobre a identidade das crianças da periferia e sobre os bens culturais do território, acessados na fase infantojuvenil. Histórias de vida dos atores e expectativas das crianças da região permeiam as histórias, que são costuradas por elementos do funk - como a dança, mais especificamente o passinho, a música, o ritmo e as rimas. O trabalho é inédito também quanto à abordagem lúdica do funk em uma produção para crianças e jovens.

Em Ladeira das Crianças - TeatroFunk o universo das crianças periféricas ganha a cena. Seus desejos e sonhos são embalados pelo ritmo do funk. No bonde da ladeira tem de tudo: menino que sonha em ser DJ, garoto curioso para saber o que há dentro de um pote mágico, menina de cabelo de nuvem e garota que vive no mundo da lua. A peça retrata todas as pessoas que foram criança um dia e moraram na periferia.

Esta é mais uma investida do Rosas Periféricas na construção de uma narrativa ficcional documental, pesquisa e prática teatral desenvolvida pelo grupo, desde 2014. Além de memórias do grupo e objetos pessoais em cena, os atores foram ao encontro das crianças que moram na região em busca de material para as narrativas, promovendo encontros regados a músicas, cantigas e brincadeiras, além de improvisações cênicas. E Ladeira das Crianças usa o funk como linguagem para ressaltar uma identidade nascida para a simples diversão. Os atores explicam que, percebendo a força dessa manifestação no cotidiano do público infantojuvenil da periferia, a aposta foi aproximar o teatro (arte que não é muito popular na periferia) da popularidade do funk. Os elementos dessa cultura (dança, música e rimas) foram os artifícios usados para costurar as histórias e criar uma identidade com o público alvo da montagem. Para tanto, os atores fizeram diversas atividades preparatórias como aulas de passinho, workshop sobre a história do funk e oficinas de rima e beat.

O enredo

Do livro O Pote Mágico a montagem Ladeira das Crianças - TeatroFunk traz um menino da periferia de São Paulo que imagina a possibilidade de encontrar um pote mágico que transformaria sua vida. De Amanhecer Esmeralda vem a história de Manhã, uma menina pobre e sonhadora que, ao ganhar um presente especial, passa a ter uma diferente percepção do mundo e de si mesma.

O enredo se passa em uma ladeira, que o grupo chama de “ladeira da alegria”, onde a garotada se encontra, brinca e se diverte; onde tudo acontece; onde sonhos e desejos são revelados. Além dos livros adaptados dramaturgicamente, a peça é recheada de memórias pessoais dos integrantes do grupo, recolhidas no processo criativo, que se entrelaçam com narrativas das crianças que vivem nas bordas da cidade.

A identidade do grupo está, inclusive, nos nomes das personagens. Rogério MC (Rogério Nascimento) adora dançar e soltar pipas; trabalha lavando carros, gasta o dinheiro nos bailes e sonha com o pote mágico. Paulo DJ (Paulo Reis, que confessa ter sido uma criança medrosa) só quer saber de brincar; é o melhor amigo de Rogério e embarca em todos os sonhos do colega. Michele Manhã (Michele Araújo) é garota negra que sofre preconceito na escola, tem pai alcóolatra e passa necessidades, mas encontra no afeto de um professor o agente transformador que a faz se reconhecer como menina negra, transformando sua realidade. Esta passagem da peça reforça a ‘representatividade negra’ do grupo. Gabriela - A Menina da Maleta (Gabriela Cerqueira) carrega uma maleta com livros e sonha em ser escritora, enquanto recolhe material reciclável junto com a família. A maleta é objeto real de sua infância. Monica Astronauta (Monica Soares) vive no mundo da lua e sonha em ser astronauta, mas seu sonho é barrado porque, ‘como mulher’, seria no máximo uma comissária de bordo; seu companheiro é o ursinho Tobias (brinquedo que a atriz ganhou na infância).

O FUNK A cultura funk é reconhecida por lei, no Rio de Janeiro, sendo a manifestação considerada patrimônio cultural, desde 2009. O ritmo já foi criminalizado e os bailes chegaram a ser proibidos em alguns locais. Os adeptos, porém, defendem que o funk retrata a realidade da periferia, com suas qualidades e seus defeitos, e ressaltam o preconceito da elite com essa manifestação que foi idealizada e é vivenciada, principalmente, por negros e por pobres.

FICHA TÉCNICA Texto: Grupo Rosas Periféricas - livremente inspirado nos livros Amanhecer Esmeralda e O Pote Mágico de FerrézDramaturgia: Marcelo Romagnoli. Direção: O Grupo. Elenco: Gabriela Cerqueira, Michele Araújo, Paulo Reis, Monica Soares e Rogério Nascimento. Coreografia: Michel Quebradeira Pura Oficina de construção de rimas: Preta Rara. Oficina de história do funk: Renatta Prado. Oficina de passinho: Michel Quebradeira Pura. Músicas: MC Kelvin Alves e Michele Araújo. Produção musical: Fez Santos e Leony Fabulloso Preparação musical: Rogério Nascimento. Figurinos: Isa Santos. Cenário: Patrícia Faria. Produção cenográfica: Paula Rosa e Camila Olivetti. Design gráfico e ilustração: Laís Oliveira. Fotografia: Daniela Cordeiro. Vídeo: Coral Alvarenga. Produção artística: O Grupo. Produção executiva: Michele Araújo e Paulo Reis. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Produção geral: Michele Araújo Realização: Grupo Rosas Periféricas.

Fotografias:   

Ladeira das Crianças -TeatroFunk - Divulgação -1a



Espetáculo: Ladeira das Crianças - TeatroFunk
Dias 17 e 18 de maio. Sexta e sábado, às 15h
Local: Parque Santo Dias
Rua Arroio das Caneleiras, 650 - Conj. Hab. Instituto Adventista - Capão Redondo/SP.
50 minutos. Livre. Teatro de rua infantojuvenil
Entrada grátis.
Informações: (11) 97983 4902 e (11) 995159-5918
Facebook: @rosas.perifericas | Instagram: @rosasperifericas


Assessoria de imprensa - VERBENA COMUNICAÇÃO
Eliane Verbena / João Pedro
Tel: (11) 2738-3209 / 99373-0181 - verbena@verbena.com.br






 

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