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MAM - CINCOVÍDEOSINSTALAÇÕES HISTÓRICAS -22 DE JANEIRO DE 2.013





        CINCO VÍDEOINSTALAÇÕES HISTÓRICAS





                                    Cinco videoinstalações históricas de nomes como Nam June Paik e Bruce
Nauman se relacionam com obras de artistas contemporâneos brasileiros na
mostra Circuitos cruzados: o Centre Pompidou encontra o MAM
Exposição com curadoria de Paula Alzugaray e Christine Van Assche aborda
questões políticas e subjetivas como identidade, simulação, confronto e
vigilância no diálogo entre os acervos do Pompidou e do MAM e tem
abertura no dia 22 de janeiro de 2013 (terça-feira)
O Museu de Arte Moderna de São Paulo abre sua programação de 2013 com uma exposição
que possibilita novas  leituras de  seu  acervo  por meio do diálogo com cinco videoinstalações
históricas da coleção do Centre Pompidou (Paris).  Circuitos cruzados: o Centre Pompidou
encontra o MAM traz cerca de 50 obras de artistas como Nam June Paik, Bruce Nauman, Cildo
Meireles e León Ferrari e tem abertura no dia 22 de janeiro (terça-feira), a partir das 20h. O
patrocínio master é da Biolab e o patrocínio é da Leroy Merlin. Além das cinco videoinstalações
do acervo do Pompidou, será exibida na abertura Norte sul leste oeste, obra comissionada com
recursos do Núcleo Contemporâneo do MAM ao norte-americano Tony Oursler, que consiste em
uma projeção de rostos falantes nas árvores do Parque Ibirapuera, gerando a sensação de que
as próprias árvores estão falando com o público.
A exposição resulta de um processo iniciado em 2008, quando Paula Alzugaray foi convidada
para atuar  três meses como pesquisadora  no Service Nouveaux Médias (o acervo de novas
mídias do centro de arte francês), do qual Christine Van Assche é curadora. A parceria
possibilitou criar uma exposição inédita e exclusiva para o MAM com peças históricas do acervo
do Pompidou, trazendo à tona um debate que utiliza os diferentes suportes e as diferentes
temáticas presentes na seleção como base para evidenciar tópicos como identidade, cidadania,
geopolítica, simulação, confronto e vigilância.
Na definição de Christine Van Assche, a participação do Pompidou na mostra “consiste numa
escolha precisa de obras dos anos 1960-70 nas quais o dispositivo, o vídeo, a imagem em
movimento, o som no espaço e o circuito fechado são utilizados por artistas minimalistas e
conceituais [...]. Estas obras estabelecem relações com trabalhos contemporâneos da coleção
do MAM, que datam dos anos 1970 até hoje, mesclando todas as áreas e suportes”.
Segundo Paula Alzugaray, “a diversidade de llinguagens e suas relações com o vídeo foram o
primeiro aspecto que norteou a seleção de obras do acervo do MAM. O trabalho com palavraschave [...] permitiu flexibilizar fronteiras entre mídias e, assim, contemplar na curadoria obras de
todos os suportes”. Essas palavras-chave que serviram como premissas de pesquisa e conexão
entre ambos acervos estarão espalhadas pelas paredes do espaço expositivo, “convidando os
visitantes a estabelecer suas próprias teias de relações entre os conceitos e as obras” (Paula
Alzugaray).São essas cinco videoinstalações de grandes dimensões que servem como  condutoras  do
projeto expográfico, formando  cada uma  núcleos com as obras do MAM com as quais se
relacionam. O primeiro deles baseia-se na obra The American Gift (1975) de Vito Acconci, que
em sua disposição espacial remete à ideia do Cavalo de Troia, daí seu nome, trazendo consigo a
problemática do encontro entre culturas e da colonização e pós-colonização. A obra entra em
diálogo com trabalhos de Anna Bella Geiger, Lenora de Barros e a dupla Mauricio Dias e Walter
Riedweg.
No segundo núcleo,  o centro é o dispositivo  Interface (1972), de Peter Campus, em que o
espectador tem projetada sua imagem real e, simultaneamente, um duplo quase espectral, numa
abordagem de questões  sobre percepção identitária  e representação. A instalação  Amnésia
(1991), de Rosângela Rennó, é das obras que se relacionam com a videoinstalação.
A obra de Dan Graham, Present Continuous Past(s) (1974), explora o conceito do cubo branco
imersivo, no qual o espectador é gravado e vê sua imagem reproduzida várias vezes, o que o
torna ao mesmo tempo objeto e visualizador da obra. O Rio (2006), de Artur Lescher, é um dos
trabalhos que permeiam o núcleo.
Uma das obras emblemáticas de Bruce Nauman, Going Around the Corner (1970) também parte
do cubo branco, que aqui não permite imersão, mas se fecha ao espectador, mantido ao redor
dele. Câmeras de vigilância posicionadas nas quinas superiores do cubo captam a imagem do
público e reproduzem em um dos monitores posicionados nos cantos e no  chão. A curadoria
selecionou, entre outras, a instalação  Inmensa (1982), de Cildo Meireles, para estabelecer
paralelos.
Finalmente, o coreano-americano Nam June Paik figura na mostra com a filosófica Moon is the
Oldest TV (1965), em que televisores reproduzem um simulacro das variações das fases da Lua,
na verdade uma construção técnica a partir do sinal eletrônico emitido pelos monitores catódicos.
Felipe Chaimovich, curador do MAM, ressalta um outro aspecto da mostra, a “evidenciação da
sensação de vigilância que as obras trazem em si”, pelo próprio caráter de reprodução da
imagem do público nos monitores e pela própria natureza do vídeo, que pressupõe o registro de
todas as atividades ocorridas em seu escopo e, com isso, possibilita um controle e uma
opressão de atividades não incluídas na normatividade cotidiana.
Pelas diversas indagações que a exposição traz e por seu ineditismo, Circuitos cruzados dá ao
espectador a chance de levar para o cotidiano e o mundo em que vive uma visão ampliada de
questões da atualidade.
AS CURADORAS
Christine Van Assche  é  belga  e  curadora-chefe do  Service Nouveaux Médias do Centre
Georges Pompidou, de Paris, para cujo acervo adquiriu mais de 1.800 trabalhos de nomes como
Nam June Paik, Chris Marker, Dan Graham, Bill Viola, Stan Douglas, Aurélien Froment, Douglas
Gordon, Hahn, Mona Hatoum, Pierre Huyghe, Zineb Sedira, Steve McQueen e Bruce Nauman.
Fez a curadoria de diversas mostras ao redor do mundo, entre elas Tony Oursler : dispositifs no
centro de arte Jeu de paume (Paris;  SAM, 2011_; Ida e Volta : Ficção e Realidade, Fundação
Gulbenkian (Lisboa, 2008);  Body Sound, Liedts-Meesen Foundation  (Gante  –  Bélgica, 2010);
entre outros.  Escreveu diversos catalogues raisonné e monografias e lecionou  arte
contemporânea versus video na universidade Paris VIII entre 1998 e 2001.Paula Alzugaray é curadora independente, crítica de arte e jornalista especializada em artes
visuais. Mestre em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicação e Artes da USP, e
Doutora em Comunicação e Semiótica da PUC-SP. Edita a seção semanal de artes visuais da
revista Istoé e é diretora de Redação da revista cultural seLecT. É autora do livro "Regina Vater:
Quatro Ecologias" (Oi Futuro/Fase 3, no prelo). Entre seus projetos curatoriais recentes incluemse as exposições "Latin America Uncontained", na LOOP Fair Barcelona (Maio 2012); "Video
Brésilienne: un Anti-Portrait", no Centro Georges Pompidou (Paris, outubro de 2010) e 
“Observatórios”, no Itaú Cultural, em Belo Horizonte e Vitória (2009). É autora do documentário
“Tinta Fresca” (2004), prêmio de Melhor Media Metragem na 29ª Mostra Internacional de Cinema
de São Paulo, e de "Shoot Yourself" (2012), documentário realizado durante residência no
Centre International d’accueil et d’échanges des Récollets, em Paris, Prêmio em Poéticas
Investigativas, no Cine Move Arte 2012.
O MAM-SP está no Google Art Project
Acesse:
http://www.googleartproject.com/collection/museu-de-arte-moderna-de-sao-paulo/
SERVIÇO:
Circuitos cruzados: o Centre Pompidou encontra o MAM (Grande Sala e Sala Paulo
Figueiredo)
Curadoria: Paula Alzugaray e Christine Van Assche
Abertura: 22 de janeiro de 2013 (terça-feira), a partir das 20h
Visitação: 23 de janeiro a 31 de março de 2013
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo (Grande Sala e Sala Paulo Figueiredo)
Endereço: Parque do Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portão 3)
Horários: Terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)
tel (11) 5085-1300
Ingresso: R$ 6
Sócios do MAM, crianças até 10 anos e adultos com mais de 65 anos não pagam entrada. Aos
domingos, a entrada é franca para todo o público, durante todo o dia
Agendamento gratuito de visitas em grupo pelo tel. 5085-1313 e e-mail educativo@mam.org.br
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Estacionamento no local (Zona Azul: R$ 3 por 2h)
Acesso para deficientes
Restaurante / café
Ar condicionado
Mais informações para a imprensa
Conteúdo Comunicação
Luciana Pareja (luciana.pareja@conteudonet.com) (11)97200-4131
Tel.: (11) 5056-9823
Roberta Montanari (roberta.montanari@conteudonet.com) (11)99967-3292
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