Obra "Myes II" Victor Vasarely (1957- 1965)
A galerista carioca Eliana Benchimol comemora seus 28 anos de atuação no mercado de arte e traz para São Paulo um incrível recorte de seu poderoso acervo de arte cinética internacional. A mostra intitulada “Ritmos: Grandes Nomes da Arte Cinética”, ocorre entre 29/03/14, das 12h às 18h, e 13/04/14, no seguinte endereço: Rua João Lourenço, 79, Vila Nova Conceição. Esta é uma rara oportunidade para o público conhecer importantes obras produzidas entre as décadas de 1950 e 1970 pelos principais nomes do movimento.
Com foco na produção do pioneiro Victor Vasarely (1908/1997), um dos fundadores da arte cinética e um dos principais representantes da Op Art, a exposição “Ritmos: Grandes Nomes da Arte Cinética” reúne pela primeira vez no Brasil, um significativo conjunto de pinturas, instalações e objetos que interagem com o espectador, explorando noções de movimento, visão, espaço e luz. Participam obras de artistas europeus e latino-americanos, como Carlos Cruz-Diez, Julio Le Parc, Antonio Assis, Perez-Flores, Francisco Sobrino, Jorge Pereira e Dolores Casares. Um dos destaques da exposição é uma coleção de lithos vintages, peças únicas, impressas na década de 1960 na antiga sede da Fundação Vasarely em Gordes, na França. Disponíveis para comercialização.
Neste recorte inédito estão obras essencialmente geométricas, policromáticas, multidimensionais, totalmente abstratas e relacionadas às ciências, que criam uma relação entre a obra e espectador. O movimento cinético, construído sobre as ideias de abstração geométrica e concreta, incorpora os conceitos de expansão, multiplicação e vibração, de tal forma que a cor deixa de ser um elemento estático da obra de arte e torna-se em uma expressão de movimento.
Se Vasarely descobre o movimento através da ilusão óptica no campo da pintura, Julio Le Parc procura na máquina a expressão máxima deste movimento, dentro de uma poética apologista da estética industrial. É o caso do móbile de Le Parc presente na exposição, cujo movimento independe da posição e do olhar do observador. Construídos com peças de metal pintadas, suspensas por fios de arame, os móbiles movem-se, produzindo efeitos mutáveis em função da luz. Esta obra pode ser exibida em 36 combinações, variando as cores do fundo e dos elementos. Outra vertente da Arte Cinética presente na exposição é desenvolvida pelo venezuelano Carlos Cruz-Diez. Este artista conjuga simultaneamente o espaço, a cor, a luz e o tempo para chegar a uma expressão artística mais completa. A exposição “Ritmos: Grandes Nomes da Arte Cinética”, resulta numa experiência de emoção, curiosidade e estímulo aos sentidos.
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