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Luis Coquenão
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Manoela Medeiros
Aberturas: Hoje, quinta-feira, 02 de julho de 2015, às 19h
ZIPPER GALERIA
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Artista luso-angolano exibe série de pinturas em sua primeira individual no Brasil
Primeira individual do artista luso-angolano Luis Coquenão no país, a mostra Marca d’água reúne uma série de 14 pinturas inéditas. Com curadoria de Isabel Sanson Portella, o conjunto de trabalhos faz parte de um processo iniciado pelo artista em 2007. Usando materiais variados, Coquenão despeja diversas camadas de tinta sobre a tela, retirando o excesso e diluindo as cores com um pincel ou pano molhado. A faixa branca na parte inferior, por onde as tintas escorrem, é o ponto em comum entre todas as obras desta série. “O desenho surge sempre por acaso. Não tenho problema em imaginar o que vai se tornar”, afirma o artista.
Embora as imagens surjam de forma quase aleatória, a relação com as paisagens sugerida pelas pinturas não é exatamente por acaso. Entre suas principais influências, o artista cita os pintores ingleses John Constable (1776-1837) e William Turner (1775-1851), especialmente a fase mais abstrata.
Nascido em Angola e radicado em Vila do Prado (Braga), Portugal, Coquenão vem construindo sua trajetória sob diversas influências: abstração e figuração, espiritualidade e naturalismo, tradição e novidade. Influenciado pela filosofia e pintura chinesas, ele cria suas obras na certeza de que a natureza existe tanto fora quanto dentro do observador. As mudanças e movimentos estão presentes em cada uma das telas expostas.
De acordo com a curadora, o artista privilegia o tradicional: a tinta, a tela, o naturalismo. Sobrepõe camadas de tinta, deixando sua marca na transparência do processo. Escorrem as tintas, formam teias e franjas, molduras e contornos. Por trás ficam as marcas, ora mais claras e iluminadas, ora sombrias e mais escuras. Não há linhas retas, não há rigidez. Tudo é suave e sugere mais do que impõe. Por sua obra transparece a coerência, o aprendizado que levou o artista a opções conscientes e maduras. Como marcas d´água.
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Manoela Medeiros exibe performance, instalação e vídeos no Zip'Up
A exposição “é.é.é” da artista Manoela Medeiros, apresenta instalações, vídeos, monotipias e performances que provocam um encontro entre corpo e espaço. Com curadoria de Maria Catarina Duncan, os trabalhos dessa exposição incitam um dialogo sobre o conceito de pele como limite e possibilidade, membrana permeável.
Ao assistir o movimento da luz do sol no espaço, a artista se propõe a escavar a parede, na tentativa de demarcar um espaço em constante movimento. O público é convidado a assistir a passagem de luz sobre a escavação como um filme projetado, em sessões sugeridas. Em um trabalho de vídeo, a artista se aproxima de uma parede com um balão entre seu corpo e o espaço, pressionando até que o ar esvazie. Ao longo da exposição haverá performances inéditas, em que a relação da artista com o espaço está sempre em conversa. Os sujeitos que protagonizam esse trajeto tem dois corpos; um corpo é corpo, o outro corpo é espaço. Esses corpos estão atravessados pelo tempo que passa em ritmo marcado e se desdobra em ainda-presente e já-passado.
“A artista se movimenta em relação as paredes que a abrigam, corpo e espaço em uma constante tentativa de aproximação. O espaço provoca o corpo ou é o corpo que responde ao espaço? Tudo é relação – espaço é sujeito. Cria-se assim uma troca mútua em um jogo sem final.”- enfatiza Maria Catarina Duncan.
Fazem parte deste jogo, o espaço onde estamos, o corpo que habitamos, os segundos que passam. Ao tentar traduzir esses estados, algo se perde. E tratando-se de uma matéria prima tão efêmera, o resultado é, enfim, sempre flexível e contingente.
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SERVIÇO:
Individual de Luis Coquenão
"é, é, é", de Manoela Medeiros
Abertura: 02 de julho, das 19h às 22h
Visitação: 03 de julho a 01 de agosto de 2015
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@Zipper Galeria
Rua Estados Unidos, 1.494 - Tel. (11) 4306-4306 Segunda a sexta, 10h/19h; sábado, 11h/17h
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