Centro Cultural Banco do Brasil
apresenta o espetáculo
Foto: Tatiana Coelho |
Palhaços
Um dos mais importantes textos de Timochenko Wehbi, Palhaços, volta aos palcos em 2018, no Teatro I do CCBB Brasília, onde cumpre temporada de 25 de janeiro a 10 de fevereiro, em montagem estrelada pelo eterno trapalhãoDéde Santana acompanhado do ator Fioravante de Almeida, sob a direção de Alexandre Borges. A peça fará a estreia nacional no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília e em 16 março chega ao Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo.
A tragicomédia, escrita por Timochenko Wehbi na década de 1970, narra a história de um palhaço que tem a sua rotina alterada ao se deparar com um espectador em seu camarim. O encontro entre Careta (Dedé Santana), verdadeiro nome de José, e Benvindo (Fioravante Almeida), um vendedor de sapatos, faz com que ambos questionem a vida e a própria existência de uma maneira espirituosa, opondo o palhaço profissional ao palhaço da vida.
Durante a conversa, os personagens passam a se provocar, como em um jogo entre essas figuras opostas, desestabilizando crenças e valores, que se desnudam e refletem acerca de suas escolhas. A todo instante, um dos personagens parece dominar a cena quando, com um simples gesto, o outro rouba a atenção e o poder momentâneo do diálogo. As distâncias e as proximidades existentes entre Careta e Benvindo, remetem à metáfora dos homens que lhes assistem na plateia. Palhaços é um convite à reflexão sobre o verdadeiro papel do artista, o que faz com que o público ultrapasse o espaço da lona, do espaço cênico, para ver de perto o verdadeiro palhaço.
Um dos destaques dessa montagem está na presença de Dedé Santana nos palcos, um ícone do humor, com décadas de trajetória nas artes da interpretação. Um embaixador do circo que traz ao personagem que interpreta maestria para o seu habitat natural, o circo. Dedé é filho de artistas circenses e já aos três meses de idade era personagem nos picadeiros. Ele, que está no imaginário de gerações de brasileiros, em um novo papel, pronto para mais um jogo cênico, no qual a relação dos atores com a plateia, se torna o grande trunfo do espetáculo.
Sinopse: A tragicomédia Palhaços, escrita pelo autor Timochenko Wehbi na década de 1970, narra o encontro do palhaço Careta (Dedé Santana), e do espectador, Benvindo (Fioravante Almeida), com direção de Alexandre Borges. Em uma conversa no camarim, os dois questionam sobre suas vidas, de uma maneira espirituosa, opondo o palhaço profissional ao “palhaço” do cotidiano.
FICHA TÉCNICA:
Texto: Timochenco Wehbi
Direção: Alexandre Borges
Elenco: Dedé Santana e Fioravante Almeida
Cenografia: Marco Lima
Figurino: Fábio Namatame
Iluminação: Domingos Quintiliano
Trilha Sonora: Otto e Dipa
Preparação Vocal: Madalena Bernardes
Coaching: Selma Kiss e Yasmim Sant’ Anna
Diretor de Palco: Mauro Nascimento
Contra Regra: David Nicholas
Fotos: Tatiana Coelho
Vídeo: Rústica Produções
Assessoria de Imprensa: Fabio Camara
Direção de Produção: Camila Bevilacqua
Produtor Executivo Brasília: André Deca
Produtor Executivo São Paulo: Bruna Rosa
Coordenação do Projeto: F L O Produções
Idealização: F L O Produções e LadyCamis Produções
SERVIÇO:
LOCAL: CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil SP
Aberto de quarta a segunda, das 9h às 21h
Próximo às estações Sé e São Bento do Metrô
Informações: (11) 3113-3651/3652
Teatro: 140 lugares.
Acesso e facilidades para pessoas com deficiência física // Ar-condicionado // Cafeteria e Restaurante.
Estacionamento conveniado: Estapar Rua Santo Amaro, 272
Valor: R$ 15,00 pelo período de 5 horas (Necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). Traslado gratuito até o CCBB. No trajeto de volta, tem parada no Metrô República.
DATA: 16/03 até 07/05 (Sábado 20h. Domingo 18h e Segunda 20h)
INGRESSOS: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).
DURAÇÃO: 70 min
CLASSIFICAÇÃO: 12 anos
EQUIPE:
Timochenko Wehbi (autor) - Desponta nos primeiros anos 1970 através de uma dramaturgia construída sobre personagens densas, surpreendidas em momentos de solidão, memórias e lembranças, nas obscuras zonas que interligam o real e o imaginário. Formado em sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), Timochenco acompanha vivamente o desenvolvimento do teatro na região do ABC paulista, sendo um dos fundadores do Grupo Teatro da Cidade, em Santo André, 1968. Sua estréia como dramaturgo ocorre em 1970, com a montagem de Emílio Di Biasi para A Vinda do Messias, um comovente monólogo que adquire, com o expressivo desempenho de Bertha Zemmel, uma generosa dimensão. Em dois tempos, a peça enfoca a ambigüidade dos sonhos da pobre costureira que almeja Messias, um homem e também, metaforicamente, a divindade. Na análise da professora Liana Salvia Trindade, a peça enfoca uma costureira cujos “anseios e aspirações restringem- se a exercer sua profissão, ter uma família, realizar-se afetivamente através da figura protetora de um marido. [...] Rosa constrói as imagens de seu amante através de fragmentos extraídos de ídolos dos meios de comunicação de massa. Nesta impossibilidade efetiva de realização humana. O universo absurdo volta com ênfase na criação seguinte, de 1974, A Perseguição ou O Longo Caminho que Vai de Zero a Ene, onde duas figuras engalfinham-se numa ininterrupta corrida uma atrás da outra sem, contudo, se encontrarem. O diálogo entre elas é apenas aparente, sugerindo uma esfera absurda e fora da realidade. Ainda em 1974 é a vez de Palhaços, um duelo travado nos bastidores de um decadente circo, que opõe um palhaço profissional a um “palhaço da vida”. Situações que tocam o absurdo da existência humana são aqui desenhadas em diálogos ríspidos.Timochenco elabora seu último texto, Curto Circuito, em 1986, um psicodrama engendrado pelas experiências do autor quando trabalha junto a psicodramatistas, é um roteiro que situa um jovem estudante frente a um aprendizado ultrapassado e reacionário.
Alexandre Borges (diretor) - Com 32 anos de carreira, Alexandre Borges tem se destacado como um dos maiores atores do Brasil. Do elenco fixo da Rede Globo, já atuou em 25 novelas e 22 especiais na emissora. Além disso, 28 filmes marcam a sua trajetória nas telas de cinema. No teatro, Alexandre tem em seu currículo espetáculos apresentados no Brasil e no exterior e foi um dos fundadores do revolucionário Grupo Boi Voador; dirigido por Ulysses Cruz. Em “Muro de Arrimo”, retornou aos palcos, como diretor, o espetáculo aclamado pela crítica lhe rendeu Prêmio de Melhor Diretor em 2014. Após o sucesso da temporada Alexandre recebeu o convite para assinar a direção geral do especial “Muro de Arrimo” gravado pela TV CULTURA, marcando sua primeira direção para TV.
Dedé Santana (ator) - O diretor/roteirista/ator, desde os 3 meses de idade, isso em 1936, quando foi levado ao palco pela primeira vez, Dedé Santana vive de comédia. No rádio, nos palcos, nos picadeiros e desde que a TV existe, ele está lá, levando essa vida para que alguém, do outro lado, ria. Dedé fez de tudo: palhaço, trapezista, piloto do globo da morte, cantor, ator. Na base do acaso e do risco, aceitou fazer dupla com Renato Aragão, e surgiu a dupla que começou a fazer sua fama. Entre quadros de rádio, números em teatros e circo e esquetes da prototevê brasileira, Dedé guardava um sonho de infância, dirigir cinema. Artistas da jovem guarda fazendo versões descaradas dos sucessos do jovem rock’n’roll, e uma história ingénue sobre um garoto que tenta emplacar seu primeiro hit, Dedé e Didi eram os anti-heróis que ajudavam o rapaz a ganhar um festival de canções, mas o début de Dedé na direção foi um estrondo. Os jovens brasileiros, sedentos por macaquices. , lotavam cinemas e dançavam de pé nas cadeiras, recordes de bilheterias em 1966. Novos contratos para produções cômicas com seu novo parceiro. Tudo com vultosos resultados de público. A TV Excelsior cresceu os olhos e os convocou para um novo programa: Os adoráveis Trapalhões, a Globo, anos depois, chamou a dupla para um novo humorístico, mantiveram Trapalhões como alcunha. Dedé trouxe seu amigo de longa data, o carismático integrante dos Originais do Samba Mussum, Didi veio com um mineirinho que conheceu no rádio, Zacarias... e assim se deu o programa de humor mais bem-sucedido do Brasil, que ainda hoje desperta furiosas multidões no YouTube e em infinitas referências da atual cultura pop. Embaixador do Circo no Brasil, Dedé mantém o circo de pé.
Fioravante Almeida (ator) - Iniciou sua carreira com Antunes Filho. Em 1997 integrou a Cia. Uzyna Uzona no Teatro Oficina e ao lado de Zé Celso participou de inúmeros espetáculos, como a celebrada adaptação de OS SERTÕES, onde seu trabalho foi reconhecido pela revista alemã Theaterheute. No cinema atuou em “A Montanha”, “Augusta”, “A Encarnação do Demônio” e “Doze trabalhos”. Já na televisão participou das séries “9mm” na FOX, “Descolados” na MTV além de novelas como “Tititi” da Globo e “Vende-se um Véu de noiva” SBT, “Cúmplices de um Resgate” SBT e a série “Garota da Moto” FOX em parceria com SBT. Em 2014 interpretou o monólogo “Muro de Arrimo” de Carlos Queiroz Telles que lhe rendeu o prêmio de Melhor Ator, a mesma peça foi gravada e transmitida pela TV Cultura em Janeiro de 2016.
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