Programação de cinema de novembro no
Sesc Belenzinho destaca diretoras negras
Em novembro, a programação de cinema do Sesc Belenzinho traz arte, reflexão e capacitação cinematográfica. O destaque do mês é o projeto Diretoras Negras que traz uma seleção de filmes de curta-metragem e documentários produzidos e dirigidos por mulheres negras. Todas as atividades e sessões são grátis.
A Sessão de Curtas do dia 6/11 reúne os seguintes filmes: Mulheres negras: projetos de mundo (de Day Rodrigues), Kbela (de Yasmin Thayná), Cabelo Bom (de Swahili Vidallaude Cláudia Alves) e O dia de Jerusa (de Viviane Ferreira). Já a sessão do dia 27/11 traz as obras: Travessia (de Safira Moreira), Mucamas (de Nós, Madalenas) e Aquém das Nuvens (de Renata Martins). As exibições têm início às 19h30.
Os documentários programados são: Minha Avó Era Palhaço, dirigido por Mariana Gabriel, no dia 13/11, às 19h30; e O Caso do Homem Errado, com direção de Camila de Moraes, no dia 24/11, às 19h, tendo este bate-papo com a diretora ao final da sessão.
Completando a programação, o cineasta Cristiano Burlan (diretor e roteirista, entre outros, da trilogia Trilogia do Luto) ministra, nos dias 10 e 11/11, curso Narrativas Documentais; e Camilla Martinez (produtora, diretora de atores e de arte) está à frente do curso Direção de Arte (em andamento, até 22/11)
E para a garotada, o projeto Filminho traz exibição de filmes produzidos para o público infantil que prometem divertir pais e filhos, aos domingos, às 17 horas.
Diretoras Negras - Exibição de filmes produzidos e dirigidos por mulheres negras.
Exibição: Sessão de curtas - 6/11
Mulheres negras: projetos de mundo - (Day Rodrigues, 2016, 25 min) - Nove mulheres, muitas vozes do presente, sem perder as referências do passado. Através de vivências e reflexões, o documentário levanta questões e instiga em poéticas as minúcias do que é ser mulher negra no Brasil.
Kbela - (Yasmin Thayná, 2015, 22 min) - Uma experiência audiovisual sobre ser mulher e tornar-se negra. Kbela é uma experiência audiovisual realizada de forma colaborativa por mulheres negras sobre mulheres negras. Com roteiro e direção de Yasmin Thayná, o filme recebeu o prêmio de Melhor Curta-metragem da Diáspora Africana da Academia Africana de Cinema (AMAA Awards 2017) e foi convidado para dezenas de festivais ao redor do mundo, entre eles o Festival Internacional de Cinema de Roterdã (IFFR, 2017) e Fespaco – Festival Panafricano de Cinema e Televisão de Ouagadougou, em Burkina Faso, o maior do continente africano.
Cabelo Bom - (Swahili Vidal, Claudia Alves, 2017, 15 min) Como as mulheres negras são pressionadas esteticamente para que se enquadrem em padrões pré-estabelecidos? O documentário de curta metragem “Cabelo bom“ propõe fazer um recorte desse universo. O filme dá voz a três personagens que expõe a relação delas e seu cabelo crespo. Elas conseguem contar suas trajetórias de vida, histórias de preconceito e nos mostrar como a autoaceitação de suas raízes, capilares, inclusive, foi e é fundamental para se afirmarem como mulheres negras num país como o Brasil.
O Dia de Jerusa - (Viviane Ferreira, 2014, 20 min) - Bixiga, coração de São Paulo. Jerusa, moradora de um sobrado envelhecido pelo tempo, em um dia especial, recebe Silvia, uma pesquisadora de opinião que circula pelo bairro convencendo pessoas a responderem questionários para uma pesquisa de sabão em pó. No momento em que conhece Silvia, Jerusa a proporciona uma tarde inusitada repleta de memórias, convidando-a a compartilhar momentos de felicidade com uma “desconhecida".
Local: Teatro. Grátis. Não recomendado para menores de 14.
06/11. Terça, das 19h30 às 21h
Exibição: Sessão de curtas - /11
Travessia - (Safira Moreira, 2017, 5 min) - Utilizando uma linguagem poética, Travessia parte da busca pela memória fotográfica das famílias negras e assume uma postura crítica e afirmativa diante da quase ausência e da estigmatização da representação do negro.
Mucamas - (Nós, Madalenas, 2015, 16 min) - O documentário conta a história da vida de mulheres que são ou já foram empregadas domésticas, expondo suas lutas e desigualdades. Ao centro, o enraizado pensamento da casa grande sob a senzala e o discurso do 'trabalho e desenvolvimento' que garante a manutenção da lógica serviçal, de herança claramente escravocrata: preconceitos, distâncias, muros, pontes, remuneração, relações de poder, patroas, empregadas. Narrada pelas trabalhadoras, a direção do filme é das próprias filhas, e por isso propõe também uma importante reflexão sobre representatividade e a construção de narrativas populares.
Aquém das Nuvens - (Renata Martins, 2011, 17 min) - Nenê é casado com Geralda, há 30 anos. Em uma tarde de domingo, como de costume, ele vai à roda de samba.
Local: Teatro. Grátis. Não recomendado para menores de 14.
27/11. Terça, das 19h30 às 20h30
Exibição/Doc: Minha Avó Era Palhaço
(Dir. Mariana Gabriel, 2016, 52 min)
A trajetória artística de Dona Maria Eliza Alves dos Reis, a primeira palhaça negra do Brasil. O documentário destaca também a influência dos negros no espetáculo circense e o preconceito que sofriam nesse meio.
Local: Teatro. Grátis. Livre.
13/11. Terça, das 19h30 às 20h30
Exibição/Doc: O Caso do Homem Errado
(Dir. Camila de Moraes, 2017, 87 min).
O documentário conta a história do jovem operário negro, Júlio César de Melo Pinto, que foi executado pela Brigada Militar, nos anos 1980, em Porto Alegre. O crime ganhou notoriedade após a imprensa divulgar fotos de Júlio sendo colocado com vida na viatura e chegar, 37 minutos depois, morto a tiros no hospital. O filme traz o depoimento de Ronaldo Bernardi, fotógrafo que fez as imagens que tornaram o caso conhecido, de Juçara Pinto, viúva do operário, e de nomes respeitados da luta pelos direitos humanos e do movimento negro no Brasil.
Após exibição, haverá um bate-papo com a diretora.
Local: Teatro. Grátis. Não recomendado para menores de 10.
24/11. Sábado, às 19h
Cursos
Curso: Direção de Arte
Com Camilla Martinez
O curso tem o objetivo de oferecer ao aluno a capacidade de traduzir em imagens narrativas a interpretação do roteiro por meio de decupagem e pesquisa. Pela ampliação de referências teóricas e visuais surgem novas necessidades de criação. E, pela prática, o aluno conquista seu estilo de trabalho e domínio da linguagem, expandindo as influências e inspirações do indivíduo, treinando-o para um olhar inédito e criativo da concepção artística, excluindo a possibilidade óbvia e plana. Camilla Martinez é pós-graduada em Direção de Arte, pela Universidade Belas Artes, e graduada em Artes Cênicas pela Faculdade Célia Helena. Em 2011, realizou o curso Acting on Impulse na instituição Volkshochschule (Escola do Povo), em Frankfurt, sobre atuação e direção de cena, a partir dos estudos de Stanislavski. Atriz e diretora de arte, ela tem seu trabalho voltado para teatro de grupo e produção audiovisual independente. Fez parte do Grupo Redimunho de Investigação Teatral; realizou Workshops sobre direção de arte com ênfase em criação e criatividade em unidades do Sesc. Atualmente, concilia produções independentes de teatro e cinema com a função de arte-educadora de direção de atores e direção de arte no Centro de Audiovisual-CAV, além de arte-educadora no método Fátima Toledo.
Local: Oficina 3.
Grátis. Não recomendado para menores de 16.
Até 22/11. Quintas, das 19h às 22h
Curso: Narrativas Documentais
Com Cristiano Burlan
Pela perspectiva da direção e produção independentes, Cristiano Burlan propõe uma reflexão sobre os meios e modos de produção e realização do documentário no Brasil, buscando compreender se existe uma distinção entre documentário e ficção. Por meio da experiência com a Trilogia do Luto, composta pelos filmes Mataram Meu Irmão, Elegia de um Crime e Construção, Cristiano aborda as possibilidades de realizar filmes autobiográficos, em primeira pessoa, que propõem diálogos sobre a violência na periferia através de problemáticas pessoais. Cristiano Burlan nasceu em Porto Alegre. É diretor de cinema e teatro e professor. Sua filmografia contém mais de 20 filmes, entre ficções e documentários. Realizou a Tetralogia em Preto e Branco composta por quatro longas-metragens sobre a cidade de São Paulo: Sinfonia de Um Homem Só, Amador, Hamlet e Fome (premiado no último Festival de Brasília do Cinema Brasileiro). Seu documentário Mataram Meu Irmão (2013) foi o vencedor do É Tudo Verdade 2013, angariando os prêmios de Melhor Filme do Júri Oficial e da Crítica; do 4º Festival Sesc de Melhores Filmes como Melhor Documentário do Ano; e do Prêmio do Governador do Estado de São Paulo como Melhor Filme. Em 2016, escreveu o roteiro do longa-metragem A Mãe, que foi selecionado para o 7º Brasil CineMundi - International Coproduction Meeting e ganhou o prêmio de co-produção internacional para participar do Cinélatino, Rencontres de Toulouse - France. Em 2018, lançou o longa-metragem de ficção em que dirigiu e roteirizou, Antes do Fim, co-produção com o Canal Brasil que tem como protagonistas Helena Ignez e Jean-Claude Bernardet. No mesmo ano, estreou no Festival É Tudo Verdade, em competição, o documentário Elegia de um Crime, sobre o assassinato de sua mãe; o filme encerra a Trilogia do Luto, composta também por Construção e Mataram Meu Irmão.
Local: Espaço de Tecnologias e Artes
Livre. Grátis.
10/11 a 01/12. Sábados, das 10h30 às 13h30
Filminho: Exibição de filmes infantis para divertir pais e filhos.
Exibição: Monstros S.A.
(Dir. Pete Docter, David Silverman e Lee Unkrich. 2001. 1h32min.)
Monstros S.A. é a maior fábrica de sustos existente. Localizada em uma dimensão paralela, a fábrica constrói portais que levam os monstros para os quartos das crianças, onde eles poderão lhes dar sustos e gerar a fonte de energia necessária para a sobrevivência da fábrica. Entre todos os monstros que lá trabalham o mais assustador de todos é James P. Sullivan, um grande e intimidador monstro de pêlo azul e chifres, que é chamado de Sully por seus amigos. Seu assistente é Mike Wazowski, um pequeno ser de um olho só com quem tem por missão assustar as crianças, que são consideradas tóxicas pelos monstros e cujo contato com eles seria catastrófico para seu mundo. Porém, ao visitar o mundo dos humanos a trabalho, Mike e Sully conhecem a garota Boo, que acaba sem querer indo parar no mundo dos monstros.
Local: Oficina III. Livre. Grátis.
04/11. Domingo, às 17h
Exibição: Universidade Monstros
(Dir. Dan Scanlon. 2013. 1h44min.)
Mike Wazowski e James P. Sullivan é uma dupla inseparável em Monstros S.A., mas nem sempre foi assim. Quando se conheceram na universidade, os dois jovens monstros se detestavam, com Mike sendo um sujeito estudioso, mas não muito assustador, e Sulley surgindo como o cara popular e arrogante, graças ao talento inerente para o susto. Após um incidente durante um teste, os dois são obrigados a participar da mesma equipe na Olimpíada dos Sustos. A equipe, por sinal, é formada por uma série de monstros desajustados, para o desespero de Sulley, acostumado a conviver com os caras mais populares da escola.
Local: Oficina III. Livre. Grátis.
11/11. Domingo, às 17h
Exibição: Hotel Transilvânia
(Dir. Genndy Tartakovsky. 2012. 1h31min.)
O Hotel Transilvânia é um resort cinco estrelas que serve de refúgio para que os monstros possam descansar do árduo trabalho de perseguir e assustar os humanos. O local é comandado pelo Conde Drácula, que resolve convidar os amigos para comemorar, ao longo de um fim de semana, o 118º aniversário de sua filha Mavis. O que ele não esperava era que Jonathan, um humano sem noção, fosse aparecer no local justo quando o hotel está repleto de convidados e, ainda por cima, se apaixonasse por Mavis.
Local: Oficina III. Livre. Grátis.
18/11. Domingo, às 17h
SERVIÇO
Sesc BelenzinhoRua Padre Adelino, 1000 - São Paulo/SP
Assessoria de imprensa - Período: 15/07 a 02/12/2018
VERBENA ComunicaçãoEliane Verbena / João Pedro
Tel: (11) 2738-3209 / 99373-0181 - verbena@verbena.com.br
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