CASA TRIÂNGULO
AVAF
04 de abri a 04 de maio de 2013
A exposição do coletivo
internacional AVAF traz um discurso inspirado no desenvolvimento imobiliário
brutal e crescente na cidade de São Paulo.
A mostra coloca em questão as
políticas atuais de verticalização da cidade. As políticas tem sido
implementada sem cuidados mínimos ligados à infra estrutura dos bairros -
edifícios de 30 andares são erguidos em áreas sem transporte de massa próximo,
sem cuidados com os efeitos no trânsito local, sem criação de mais áreas
verdes, etc. e a cidade explode.
- Não sei se essa expo é uma
homenagem à cidade ou um estatuto de ódio aos seus problemas que nunca se
resolvem e a cada ano ficam mais infernais, diz Eli Sudbrack.
Na mostra, uma das peças centrais
que exemplificam esses sentimentos é a escultura “Big Ben” - uma homenagem a um
estabelecimento homônimo encontrado no "Baixo" Augusta - uma área que
possivelmente perderá suas características atuais muito em breve, local
conhecido pelos locais de diversão dos mais variados tipos (estabelecimentos de
strip-tease, boites, puteiros, etc).
Vários de seus prédios, inclusive
edificações históricas, são demolidas para dar lugar a mega torres, condomínios
fechados, de arquitetura de gosto e qualidades extremamente duvidosos. As
grandes coorporações e incorporadoras sequestraram a nossa cidade. O baixo
augusta como ainda é conhecido hoje é uma área de integração social e urbana,
mesmo que hedonista, é a representação de uma identidade específica de São
Paulo. As mega torres ameaçam dizimar essa característica.
O Big Ben é o nome de uma casa de
strip tease do baixo augusta, é o único imóvel que restou de pé - todos os
outros imóveis deste bloco foram demolidos. O coletivo recria na Casa Triangulo
uma mini versão da entrada deste estabelecimento, uma homenagem à sua
resistência frente à exploração imobiliária selvagem. O tamanho diminuto
confere um approach lúdico ao trabalho, uma espécie de altar/ode ao
estabelecimento.
No piso principal da galeria o
AVAF mostra três outros trabalhos ligados a esse tema.
O primeiro grupo são as “TRANSGEOMETRICAS”.
Há anos o coletivo usa a imagem da travesti/transexual como símbolo da
mudança, ou o medo dela. O conceito "trans" atua como desafiador do
status quo e também como uma espécie de cavaleiras do apocalypse. As obras “Transgeométricas”
são criadas a partir de pedaços de corpos com caráter surrealista nos quais,
muitas vezes, bocas saem de seios com olhos, por exemplo.
Os corpos se unem a elementos
geométricos, criando figuras supra sexuais, que remetem a um corpo futurista
híbrido de geometria e travesti. As transgeometricas são uma homenagem à
identidade (histórica) de São Paulo, obviamente ao baixo augusta.
As partes geométricas são uma homenagem a
tradição construtivista da cidade, e à paisagem urbana de São Paulo. As obras
também são influênciadas por elementos geométricos do construtivismo russo, do
movimento stijl e da arquitetura de Théo Van Doesburg, trazendo um novo sentido
e novas perspectivas à arte, à arquitetura e à vida coletiva.
O segundo são intitulados como
mesas calçada. Este projeto é uma colaboração do artista turco baseado em
Berlim Yusuf Etiman, que durante residência artística em São Paulo, documentou
o mismatch dos ladrilhos hidráulicos (calçadas) com a imagem do Estado de
São Paulo. Com esse material foram criadas mesas de diferentes alturas e
diferentes tamanhos, que serão empilahadas na galeria.
O terceiro elemento é uma pintura
de parede inspirada nos alfabetos usados pelos pixadores de são paulo - um
forte símbolo de revolta urbana para o coletivo, um símbolo de violência contra
à própria violência desta cidade. Aidéia é "pixar" as paredes da
galeria usando palavras (muitas vezes estrangeiras) usadas nos anúncios dos
empreendimentos imobiliários novos do tipo: FEEL, THINK, SAO PAULO/LONDON,
SP-NY, ART, JARDINS, CONCEPT, PASSIONE, NEW AGE, PRIVILEGIO, NEAR,
SOFISTICACAO. AVAF
04 de abri a 04 de maio de 2013
A exposição do coletivo
internacional AVAF traz um discurso inspirado no desenvolvimento imobiliário
brutal e crescente na cidade de São Paulo.
A mostra coloca em questão as
políticas atuais de verticalização da cidade. As políticas tem sido
implementada sem cuidados mínimos ligados à infra estrutura dos bairros -
edifícios de 30 andares são erguidos em áreas sem transporte de massa próximo,
sem cuidados com os efeitos no trânsito local, sem criação de mais áreas
verdes, etc. e a cidade explode.
- Não sei se essa expo é uma
homenagem à cidade ou um estatuto de ódio aos seus problemas que nunca se
resolvem e a cada ano ficam mais infernais, diz Eli Sudbrack.
Na mostra, uma das peças centrais
que exemplificam esses sentimentos é a escultura “Big Ben” - uma homenagem a um
estabelecimento homônimo encontrado no "Baixo" Augusta - uma área que
possivelmente perderá suas características atuais muito em breve, local
conhecido pelos locais de diversão dos mais variados tipos (estabelecimentos de
strip-tease, boites, puteiros, etc).
Vários de seus prédios, inclusive
edificações históricas, são demolidas para dar lugar a mega torres, condomínios
fechados, de arquitetura de gosto e qualidades extremamente duvidosos. As
grandes coorporações e incorporadoras sequestraram a nossa cidade. O baixo
augusta como ainda é conhecido hoje é uma área de integração social e urbana,
mesmo que hedonista, é a representação de uma identidade específica de São
Paulo. As mega torres ameaçam dizimar essa característica.
O Big Ben é o nome de uma casa de
strip tease do baixo augusta, é o único imóvel que restou de pé - todos os
outros imóveis deste bloco foram demolidos. O coletivo recria na Casa Triangulo
uma mini versão da entrada deste estabelecimento, uma homenagem à sua
resistência frente à exploração imobiliária selvagem. O tamanho diminuto
confere um approach lúdico ao trabalho, uma espécie de altar/ode ao
estabelecimento.
No piso principal da galeria o
AVAF mostra três outros trabalhos ligados a esse tema.
O primeiro grupo são as “TRANSGEOMETRICAS”.
Há anos o coletivo usa a imagem da travesti/transexual como símbolo da
mudança, ou o medo dela. O conceito "trans" atua como desafiador do
status quo e também como uma espécie de cavaleiras do apocalypse. As obras “Transgeométricas”
são criadas a partir de pedaços de corpos com caráter surrealista nos quais,
muitas vezes, bocas saem de seios com olhos, por exemplo.
Os corpos se unem a elementos
geométricos, criando figuras supra sexuais, que remetem a um corpo futurista
híbrido de geometria e travesti. As transgeometricas são uma homenagem à
identidade (histórica) de São Paulo, obviamente ao baixo augusta.
As partes geométricas são uma homenagem a
tradição construtivista da cidade, e à paisagem urbana de São Paulo. As obras
também são influênciadas por elementos geométricos do construtivismo russo, do
movimento stijl e da arquitetura de Théo Van Doesburg, trazendo um novo sentido
e novas perspectivas à arte, à arquitetura e à vida coletiva.
O segundo são intitulados como
mesas calçada. Este projeto é uma colaboração do artista turco baseado em
Berlim Yusuf Etiman, que durante residência artística em São Paulo, documentou
o mismatch dos ladrilhos hidráulicos (calçadas) com a imagem do Estado de
São Paulo. Com esse material foram criadas mesas de diferentes alturas e
diferentes tamanhos, que serão empilahadas na galeria.
O terceiro elemento é uma pintura
de parede inspirada nos alfabetos usados pelos pixadores de são paulo - um
forte símbolo de revolta urbana para o coletivo, um símbolo de violência contra
à própria violência desta cidade. Aidéia é "pixar" as paredes da
galeria usando palavras (muitas vezes estrangeiras) usadas nos anúncios dos
empreendimentos imobiliários novos do tipo: FEEL, THINK, SAO PAULO/LONDON,
SP-NY, ART, JARDINS, CONCEPT, PASSIONE, NEW AGE, PRIVILEGIO, NEAR,
SOFISTICACAO.
Em abril a Casa Triângulo apresenta mais uma exposição do coletivo internacional Assume Vivid Astro Focus - AVAF, que já expôs em algumas das mais importantes instituições do mundo, como no MoMA, no The New Museum, no The Whitney Museum, no MOCA (The Museum of Contemporary Arte, Los Angeles) e no MCA Chicago, além de Bienais como Whitney Biennial e Bienal de São Paulo.
A mostra traz um discurso inspirado no desenvolvimento imobiliário brutal e crescente da cidade de São Paulo. Serão exibidasanimações psicodélicas geómétricas, dessa vez, inspiradas nos corpos mutantes das transexuais, que remetem a um corpo futurista híbrido de geometria e travesti. Mesas com ladrilhos hidráulicos do Estado de São Paulo e uma pintura de parede inspirada nos alfabetos usados pelos pixadores integram a exposição.
Segue press-release e algumas imagens.
Os artistas estão disponíveis para entrevistas e visitas ao ateliê.
Abraço,
Obrigado,
Tiago Santos
TSantos Assessoria de Comunicação
R. Doutor Vila Nova, 225, cj. 32
Tel. (11) 2679-6721 | 8489-8228
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