FAUSTO CARTUNISTA
LANÇAMENTO DO LIVRO
UNS E OUTROS
CARTUNS SOLTOS
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Ele sabe como extrair pontos interessantes de situações do dia a dia, e sabe também como retratar com imagens mensagens críticas e engraçadas, fazendo referência a temas que a gente nem imaginar que seja possível extrair algo. “Ele tira leite de pedra. E sai cada coisa que nem te conto, só vendo”, descreve o jornalista e professor de história Henrique Perazzi de Aquino, sobre a obra do grande amigo Fausto Bergocce.
Fausto, cartunista natural da cidade Reginópolis, “ganhou o mundo” ao ficar conhecido por levar suas charges e ilustrações para vários órgãos de comunicação. Seus desenhos já foram publicados país afora e também no Exterior. Atualmente, Fausto é desenhista freelancer e faz charges para o Jornal Diário de Guarulhos, e ainda publica seus desenhos no site “Charge On Line”.
Sua mais nova “cria” é o livro “Uns e Outros – Cartuns Soltos”. Recheado com 98 cartuns, o desenhista já lançou a obra em São Paulo e sua cidade natal, e hoje convida todos para uma sessão de autógrafos no Templo Bar, a partir das 20h. Com selo da editora paulistana Kalaco e produção gráfica do artista plástico Sérgio Bergocce (filho do autor e Prêmio Abril de Publicação), “Uns e Outros – Cartuns Soltos” trabalha com temas variados, voltados para um público abrangente.
A oitava publicação de Fausto é uma coletânea de trabalhos desenvolvidos durante um ano e meio, especialmente para o novo livro. “Há cartuns que fazem referência à música, à arte, a bichos... estes, particularmente, gosto muito de desenhar”, afirma o artista. “O objetivo é arrancar um sorriso; entre um cartum e outro, uma hora o leitor vai sorrir”.
Já lançado em São Paulo e Reginópolis, “Uns e Outros” promete encantar os bauruenses. “Tenho uma afinidade muito grande com Bauru, pelo fato de ter nascido em Reginópolis. Tenho muitos amigos na cidade. Me encanta passear em alguns lugares daqui que marcaram minha vida. E adoro o sanduíche bauru”, declarou.
Oportunidade
Fausto ainda comenta que o livro é uma forma de fazer seus cartuns ganharem oportunidade de divulgação, já que o espaço pra este tipo de desenho é mais restrito em veículos de imprensa. “Geralmente não se tem um espaço pra publicar o cartum. É muito raro um espaço na imprensa. Então, é através de livros ou exposição que tenho oportunidade para divulgar este trabalho”, explica o desenhista.
O grande barato do cartum, conforme ressalta Fausto, é fazê-lo sem texto, assim tornando-o mais acessível, com uma mensagem de linguagem universal. “Alguns levam legendas para situar, mas às vezes o desenho já fala por si só”, aponta o cartunista.
O ‘retrato’ do cartunista
Henrique de Aquino conta que o amigo Fausto começou a desenhar nas calçadas de sua terra natal com cacos de telhas. “E esse gosto nunca mais o abandonou, persistiu e é até hoje sua fonte de renda e sustento. Ganhou fama pelo traço, sendo uma de suas especialidades o cartum. Viaja com isso, variando temas e sempre bem antenado”, descreve.
Mas Fausto Bergocce “abraçou” o cartum como profissão em 1974. Nascido em Reginópolis em 1952, antes estudou desenho mecânico e ajustagem mecânica no Senai, mas por uma questão de “ajustagem”, trocou a lima e a morsa pelo pincel e a prancheta e foi trabalhar na imprensa diária. Com sua arte, Fausto já ilustrou para o Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Última Hora (SP), Pasquim (SP), Diário do Grande ABC, Diário de São Paulo, entre outros.
É autor dos livros “Sem Perder a Linha” (prêmio HQ-Mix versão 1999), “Esqueçam o Que Ele Desenhou”, “Traço Extra”, “Viva Cartum”, “Candido Deodato”, “A Nuvenzinha Exibida” e “Reginópolis - Sua História”.
O Templo Bar fica na rua Benjamim Constant, 1-34. O telefone é o (14) 3223-3493. Informações sobre Fausto no site www.faustocartoon.com.br.
Cartum x charge
Fausto Bergocce explica que existem diferenças no trabalho com a charge e o cartum. Ambos utilizam ilustrações; porém a charge tem cunho mais jornalístico. “Na charge, você trabalha com o fato; então, o chargista é o desenhista do fato. E o cartum é uma coisa mais lúdica, nasce da sensibilidade do artista, da observação, do olhar... e é muito mais difícil fazer um cartum do que uma charge”, enfatiza.
“E para os que acreditam que um livro de cartuns é algo para ser lido num vapt-vupt, ledo engano, pois esses são até mais demorados, tal a contemplação necessária em cada novo desenho. Sacar o que ali está contido nem sempre é algo rápido. Livro de cartum é para consulta periódica, eterna”, analisa o jornalista Henrique de Aquino.
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