06/02/2015 19h01
Em dezembro de 2014, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida - SMPED fez parceria com a Secretaria Municipal de Cultura para proporcionar capacitação aos funcionários de todas as unidades públicas culturais municipais a atender o público com deficiência auditiva. O Centro Cultural da Juventude (CCJ), localizado no bairro Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte de São Paulo, foi o primeiro Centro Cultural a iniciar as aulas de Língua Brasileira de Sinais este ano.
O curso de introdução de Libras é formado por 10 aulas de três horas de duração, com carga horária de 30 horas no total. São usadas figuras do cotidiano para ajudar na compreensão dos sinais, como frutas, bebidas e letras. Para dinamizar as aulas, a professora Laila Sankari, que possui deficiência auditiva, conta histórias apenas na língua de sinais e divide os alunos em grupos para treinar a criação do diálogo. “Os alunos aprendem os sinais muito rápido, mas é imprescindível treinar a conversação”, comenta Laila.
O diretor geral, Alexandre Piero, de 33 anos, participa das aulas junto aos demais funcionários do CCJ. Alex, como é conhecido por todos, realçou a relevância da inclusão social e a democratização do espaço, principalmente em uma unidade pública de cultura. “Temos feito um esforço muito grande de democratizar cada vez mais o CCJ, para que ele possa ser apropriado por todos. Nós percebemos que precisávamos capacitar melhor nossos funcionários para receber e incluir pessoas com deficiência”, afirmou diretor.
Quem também está aproveitando o curso de Libras é a coordenadora pedagógica parceira do CCJ, Erika Caracho Ribeiro, de 28 anos, que possui mestrado em educação inclusiva. “Eu acho que estamos começando a construir uma sociedade diferente, esse curso é um passo legal pra termos uma sociedade mais inclusiva, em que todo mundo consiga se comunicar”, comentou. Erika já teve contato com a língua de sinais por meio de um curso online, mas afirma não ter conseguido aprender como gostaria. “O presencial é sempre mais proveito, você pode tirar dúvidas, e se faz algum sinal errado a professora te corrige, é muito mais legal.”, falou a coordenadora.
Guilherme Falchi, de 26 anos, trabalha como jovem monitor no CCJ e participa das aulas de libras. O rapaz falou como as aulas ajudaram no seu trabalho. “Antigamente o surdo tentava pedir alguma informação ou conversar e nós ficávamos perdidos. Hoje, quando fui atender uma pessoa com deficiência auditiva pela primeira vez, falei que sabia um pouco de Libras, ele olhou espantado e sorriu. Já mudou o atendimento, a pessoa já se sente mais a vontade”, completou o monitor.
O curso introdutório de Libras oferecido pela Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida tem o objetivo de ampliar a inclusão no atendimento público a pessoas com deficiência auditiva, já formou cerca de 400 colaboradores incluindo servidores de hospitais municipais, Ministério Publico do Trabalho e funcionários dos equipamentos de cultura.
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Confira o vídeo com a Professora Laila no CCJ: www.facebook.com/video. php?v=782707625133038&set=vb. 149965948407212
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