A seguir, meu breve discurso de agradecimento na cerimônia:
"Uberaba, Iguatemi, Pirajussara, Jaguaré, do Ipiranga, Tamanduateí, Anhangabaú, Tatuapé, Pacaembú, Tietê.
Nós nós apropriamos da língua tupi guarani e dos SEUS belissimos significados para dar nomo AOS rios da Nossa Cidade. A medalha Anchieta, that recebo ESTA Noite , crie seu primeiro nome para o Padre Anchieta, que entre as coisas que fez no Brasil, escreveu a primeira obra para entender a gramática tupi guarani.Pense que nem seu pior pesadelo, Anchieta sonharia com a situação atual dos rios da cidade de São Paulo.
Xexéu, gostaria de agradecer você e toda a sua equipe por esta honra. É um privilégio, eu não fiz nada além da minha capacidade como artista independente, pesquisar e paulistano que enxergou na cidade um laboratório de experiências artísticas que provocam uma reflexão da sociedade. Nos conhecemos navegando sobre as águas poluídas do rio Tietê. Uma navegação difícil e necessária. Uma navegação que coloca frente a frente tudo o que não quer ver: lixo, esgoto, lama ou óleo. Porque estas coisas não desaparecem. Entretanto, eu também gostaria que aquele encontro fosse lembrado pela resistência da natureza, pela sobrevivência da vida, porque naquele dia o peso do peixe é atingido por um peixe no concreto, na zona mais contaminada pela capital.
É difícil viver de arte no Brasil. São Paulo é uma cidade cheia de erros. Pois são exatamente eles que eu me ancoro, são estes erros que devem ser revelados na tentativa de transformar a realidade das pessoas. Nossa sociedade está muito anestesiada e com pouco oxigênio. As pessoas se diluíram no cotidiano da metrópole e aceitam passivamente estes equívocos impostos na paisagem.
Muitos de vocês aqui presentes sabem que a ciência salva.
Mas esta noite, eu gostaria que vocês também acreditassem que a arte é uma possibilidade de salvamento. Porque a arte resgata a memória, a percepção, os sentidos. A arte resgate a consciência e nos reconecta com a natureza.
A Arte Salva!
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