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Cia Fragmento de Dança estreia “Amor Mundi” em três episódios

 






Cia Fragmento de Dança estreia

“Amor Mundi” em três episódios

Inspirada nos temas centrais do pensamento político de Hannah Arendt, a peça, que estava em processo de finalização quando a pandemia e o consequente isolamento social foram instaurados no país, sofreu adaptações para migrar para o modo virtual e será apresentada em episódios consecutivos nos três últimos finais de semana de setembro.

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                                                                                                                                                                                                                Foto: Alex Merino

O que proponho, portanto, é muito simples: trata-se apenas de pensar o que estamos fazendo”. 

Se, hoje, fôssemos responder a Hannah Arendt, autora dessa frase, diríamos que não, não nos parece nada simples! Pensar sobre “o que estamos fazendo” continua sendo uma pulsão para existir. Arendt, na metade do século XX, nos dizia para não duvidarmos da nossa capacidade de destruir toda vida orgânica na Terra. O homem chegava à Lua e essa descoberta não era somente sobre a capacidade humana de realizar tal feito, mas também sobre a possibilidade de não permanecermos mais neste nosso planeta.

“Amor Mundi”, criação da Cia Fragmento de Dança, que estréia no próximo dia 12 de setembro, se inspira na relação de cuidado e responsabilidade com o mundo. O trabalho, gravado com todos os integrantes – Diego Hazan, Letícia Mantovani, Maitê Molnar, Thainá Souza, Vanessa Macedo e Vinicius Francês –, no Kasulo, espaço sede da companhia, será apresentado em vídeo numa série de três episódios – ‘Prólogo’, ‘Conspiração Sistêmica’ e ‘Revolução’ – durante três finais de semana seguidos. O público acessa o grupo pela plataforma Zoom, assiste o espetáculo e, em seguida participa de um bate papo com mediações dos pesquisadores Ana Teixeira e Odilon Roble.

A peça reflete, entrelaça e sugere uma via de interpretação às formulações teóricas de Hannah Arendt. “É sobre ação que se faz em grupo, espreita o risco, a imprevisibilidade, a codependência, a eminência de colisão e emerge num desejo de insurgir, romper e deixar nascer o que não se sabe”, resume Vanessa Macedo, que responde pela direção da companhia e do espetáculo.

Além da cientista política Hannah Arendt, a obra do artista turco Ugur Gallen, que compõe impactantes fotomontagens integrando cenas do cotidiano com outras de tragédias e sofrimento, foi um convite imagético e real para a reflexão sobre os contrastes, desigualdades e contradições presentes na história da humanidade.

Ao concordarem sobre a impossibilidade de adaptar o trabalho para suas casas, pela própria relação de codependência entre os corpos e os objetos que se movimentam na cena, os artistas decidiram retornar ao espaço, com todo o cuidado, para resgatar o sentido da criação e registrarem o resultado em vídeo, realizado por André Prado, Bianca Turner e Vic Von Poser. Construções coreográficas importantes relacionadas ao toque, a colisões entre os corpos e a cenas com muito contato corporal tiveram que ser ajustadas ou abandonadas, as necessárias máscaras passaram a compor com o figurino, mas o trabalho se manteve inalterado em sua essência.

A trilha sonora de “Amor Mundi” é de Ricardo Pesce; o cenário conta com a consultoria de Rogério Marcondes e Daíse Neves assina o figurino.

“Amor Mundi” integra projeto contemplado pelo Programa de Ação Cultural (ProAC) do Governo do Estado de São Paulo. 

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Serviço

Estreia “Amor Mundi” – Cia Fragmento de Dança – inspirado no pensamento de Hannah Arent

Temporada de 12 a 27/9 (sábados, 20h; domingos,19h)

12 e 13/9 - Episódio 1 – “Prólogo”

19 e 20/9 - Episódio 2 – “Conspiração Sistêmica”

26 e 27/9 - Episódio 3 – “Revolução”

Ingressos gratuitos no site www.ciafragmentodedanca.com.br/amor-mundi

(será transmitido pelas plataformas Zoom e Youtube) 

 

Ficha técnica:

Coreografia e Direção: Vanessa Macedo

Intérpretes: Diego Hazan, Letícia Mantovani, Maitê Molnar, Thainá Souza, Vanessa Macedo e Vinicius Francês 

Iluminação e edição de vídeo: André Prado

Concepção de vídeo projeção: Bianca Turner

Captação de imagem: Vic Von Poser 

Assistente de captação de imagem: Alexandre Szolnoky

Trilha sonora: Ricardo Pesce

Figurino: Daíse Neves

Assistente de figurino: Pablo Azevedo

Consultoria para cenário: Rogério Marcondes

Design gráfico: Letícia Mantovani

Fotos: Alex Merino

Assessoria de imprensa: Elaine Calux

Produção Executiva: AnaCris Medina

 

Minibio dos mediadores das conversas:

Ana Teixeira

Professora universitária, pesquisadora e artista da dança. Doutora e mestre em comunicação e Semiótica (PUC/SP), doutoranda e graduada em Filosofia (PUC/SP). Professora do curso de Comunicação e Artes do Corpo (PUC/SP). Seu foco de pesquisa é dirigido à relação entre corpo, dança, poder e instituição, com ênfase nos séculos XVII, XVIII e XIX. Coordena o grupo de pesquisa ‘Sentidos do Barroco, outras direções, outras lógicas, outros gestos’ (PUC/SP).

Odilon J. Roble

Graduado em Filosofia, especialista em Psicanálise, licenciado em Educação Física, mestre e doutor em Educação. Professor do Departamento de Educação Física e Humanidades da Faculdade de Educação Física da UNICAMP. Desenvolve pesquisas sobre Filosofia e Estética do corpo. Nesse esforço, recorre aos saberes do que se encontra como “Filosofia do Impulso”, ou seja, uma visão filosófica da Mitologia Grega, dos pensamentos de Schopenhauer e Nietzsche e de elementos teóricos da psicanálise freudiana.

 

 

Informações adicionais:

Elaine Calux – assessoria de imprensa

11 964655686 | 33689940

elaine.calux@gmail.com

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