Projetos para um cotidiano moderno no Brasil: 1920-1960
A presença de artistas como Di Cavalcanti, Antonio Gomide e Flávio de Carvalho, entre outros, nas chamadas "artes aplicadas" no ambiente urbano paulistano no início do século 20.
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O Museu de Arte Contemporânea da USP apresenta, a partir de 21 de agosto, a exposição Projetos para um cotidiano moderno no Brasil: 1920-1960, com um conjunto de 120 obras do acervo do MAC USP relacionado à circulação da linguagem moderna, sobretudo, no ambiente urbano paulistano da primeira metade do século 20. São projetos para ilustrações, cartazes e capas de revistas, estudos para murais decorativos e desenhos de cenários e figurinos para espetáculos, de artistas como Flávio de Carvalho, Di Cavalcanti, Antônio Gomide, Vicente do Rego Monteiro, Fúlvio Pennacchi e Mário Zanini, entre outros. "A mostra propõe diferentes ângulos de observação para obras e artistas já conhecidos e estudados pela historiografia do modernismo brasileiro. Interessa-nos compreender a importância deste conjunto para o entendimento de uma experiência ampliada de modernidade", dizem duas das curadoras, Ana Magalhães e Patrícia Freitas.
A exposição de obras que não se enquadram em um registro convencional do que se entende por belas-artes, isto é, pintura e escultura, apresenta alguns desafios, a começar pela terminologia utilizada para descrevê-las, questionando sua visão como “artes menores” ou “artes aplicadas”. Para a curadoria, "a palavra projeto vem então na esteira desse exercício de ressignificação. Ela evidencia a materialidade das obras expostas, revelando aspectos processuais e colaborando para o conhecimento de técnicas, usos e funções importantes para as narrativas da arte moderna no Brasil". A abordagem focada nos modos de produção e circulação dessas obras permite observar as reverberações, percursos, permanências e desaparecimentos a que essas obras se referem.
A incorporação de várias das obras expostas ao acervo do MAC USP aconteceu a partir de uma reavaliação da história da arte moderna no Brasil, levada a cabo por Walter Zanini, primeiro diretor do MAC USP. Artistas como Gomide e Rego Monteiro tiveram suas primeiras grandes retrospectivas no Museu, das quais resultaram as incorporações de seus projetos na chave de leitura proposta nesta mostra.
A curadoria da exposição é do Grupo de Pesquisa CNPq "Narrativas da Arte do Século 20", sob coordenação de Ana Magalhães, com participação das pós-doutorandas Renata Rocco e Patrícia Freitas e dos pós-graduandos Breno Marques, Rachel Vallego, Gustavo Brognara, Andrea Ronqui, Mariana Leão Silva, Victor Murari e Juliana Caffé.
Projetos para um Cotidiano Moderno no Brasil: 1920-1960
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Abertura: De 21 de gosto de 2021, a partir das 11 horas
MAC USP - Avenida Pedro Álvares Cabral, 1301 – Ibirapuera - 11 2648.0254
Terça a domingo das 11 às 19 horas (necessário agendamento - sympla.com.br/visitamacusp
Entrada gratuita
SÉRGIO MIRANDA - jornalista
comunicação institucional
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
11 I 2648.0299 I smiranda@usp.br
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