Coletivo Ruínas leva “Terra” ao Centro Cultural Olido
Foto: Inês Bonduki
“Terra”, instalação coreográfica concebida e interpretada por Michele Carolina, diretora do Coletivo Ruínas, que alerta para o assombro e a impotência do corpo frente às forças de dominação do solo e do planeta pelo ser humano e o poder do capital, ocupa o Centro Cultural Olido nos dias 13, 14 e 15 de maio (sexta e sábado, 19h, domingo, 18h). A entrada é gratuita.
A partir de uma dança de embate, de tremores, repouso, desmoronamentos, perfurações, rasgos e irrupções, relações simbolicamente atreladas a forças geofísicas orgânicas e inorgânicas, irrompe uma sucessão de paisagens sensoriais, que sugerem narrativas de transformação da terra e destacam os vetores principais do imperativo civilizatório como fundamento da movimentação.
Criação coletiva, “Terra” traz Luah Guimarãez e Alejandro Ahmed (Cena 11) como provocadores cênicos, Silvia Geraldi na dramaturgia e Eduardo Fukushima na preparação corporal. A composição sonora é de Jovem Pelarosi, Carlos Pedrañes, Luciana Ramin, Thiago Capella Zanotta e Rafael Frazão respondem pelo conteúdo audiovisual e vídeo-mapping, Hernandes de Oliveira pela iluminação, e Rogério Romualdo assina o figurino.
Ao atuar na zona de contágio entre dança, sonoridade, luz e audiovisual generativo, a performance propõe um diálogo entre essas diferentes linguagens artísticas e transdisciplinares e permite ao público apreciar tanto uma experimentação cênica quanto uma instalação de arte.
“Terra” é o segundo trabalho do projeto Residência Obscênica – o primeiro foi “Corpo Crustáceo”, indicado ao prêmio APCA/21, nas categorias ‘Interpretação’ e ‘Prêmio Técnico’ –, contemplado pela 29ª edição do Programa de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo.
O Coletivo
Desde 2013, o Coletivo Ruínas atua como uma plataforma de investigação e criação experimental e transversal às linguagens da dança, do teatro, do audiovisual, da fotografia, da iluminação e da música, reunidas não apenas pelo assombro com a voracidade de máquinas, que põem casas abaixo para construção de altos edifícios e condomínios murados, mas com o interesse de perceber como esse fenômeno de mudança radical da natureza dos lugares coreografa o cotidiano e afeta os corpos.
A composição de artistas passou a criar modos de se relacionar poeticamente e refletir, ética e politicamente, com estes sítios de demolição urbanos por meio de criações artísticas (intervenções, instalações, videodança, experimentos cênicos), utilizando recursos tecnológicos que apoiassem a pesquisa chamada, a título de estudo, “corpo estranhado” ou “corpo em[tre]ruínas”.
A interlocução com a topologia movente dos sítios de demolição, a metamorfose do ambiente e a remodelagem dos corpos e dos modos de vida, nos coloca frente à questão de como a espécie humana está ocupando a Terra. Quanta floresta tem em um edifício?
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Serviço:
Terra – Coletivo Ruínas
Dias 13,14 e 15/05 (sex e sáb, 19h; dom, 18h)
Centro Cultural Olido – Sala Olido
(Av. São João, 473 – térreo – Centro Histórico de São Paulo | SP – Estação República)
Tel: (11) 3222-2662 | 3222-4683
Lotação: 150 lugares
Classificação indicativa: 16 anos | Duração: 45 minutos
Ficha Técnica
Concepção: Coletivo Ruínas
Dança e Coordenação Artística: Michele Carolina
Provocação Cênica: Luah Guimarãez e Alejandro Ahmed
Suporte Dramatúrgico: Silvia Geraldis
Fotografias
©Ines Bonduki
Informações
Elaine Calux – assessoria de imprensa
11 964655686 | 33689940
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