Matias Mesquita
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6º Salão dos Artistas Sem Galeria
Abertura: 23 de janeiro de 2015, das 19h às 22h
Zipper Galeria
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"Corpo Sólido", 2014, de Matias Mesquita
Matias Mesquita fala sobre o tempo em pinturas sobre placas de concreto
A Zipper Galeria tem o prazer de apresentar a primeira exposição individual do artista Matias Mesquita em São Paulo. Intitulada “Traços de Impermanência”, a mostra acontece entre 23 de janeiro e 21 de fevereiro de 2015, no piso superior da galeria.
Inspirado pelas novas configurações temporais e pelo contraste entre o cinza da cidade e o colorido do que está acima de nós, o artista apresenta esta série de pinturas a óleo sobre placas de cimento retratando o céu do centro-oeste brasileiro. Observando que a sutileza de se olhar para as nuvens e as consequências que este ato meditativo nos traz está cada dia menos presente na vida das pessoas, o artista traz esta reflexão para seu trabalho e procura alcançar a harmonia entre os antônimos nuvem e concreto, contrastando a efemeridade e a leveza das nuvens com a rigidez impassível e o peso do concreto.
Uma primeira leitura nos passa a sensação de que a obra encontra seu equilíbrio na dualidade dos contrastes: o processo rudimentar, que prima pela força bruta, na modelagem e construção das placas contrapondo com a delicadeza da pincelada, o uso sensível de luzes e matizes para alcançar a harmonia na composição da imagem; ou, a representação da nuvem, que remete ao efêmero, em eterna transformação, que não temos controle ou posse, sendo pintada sobre uma placa de concreto, referência de solidez, peso e estabilidade.
Da mesma forma temos a impressão de que o concreto, matéria em estado bruto, cumpre sua função apenas como suporte, no entanto, transcende como tal. Ele se dobra ao espaço e ganha vida. Gere a ordem como necessidade de rigidez. Tenta ser imutável, luta contra o movimento e nessa luta se rompe. Apesar de sua natureza passar ilusão de durabilidade e solidez, na verdade é frágil, delicado. Ambos, Imagem e matéria, que supostamente seriam opostos sustentando-se num sensível equilíbrio simbiótico, agora fundem-se. Esvaídos de sentido pleno, tornam-se sepulcros da permanência, numa distopia da ilusão.
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Obra "Empilhamento", 2013, de Andrey Zignnatto
Zipper Galeria apresenta obras dos 10 selecionados no 6o Salão dos Artistas Sem Galeria
Os dez artistas selecionados na 6ª edição do Salão dos Artistas Sem Galeria, promovido pelo Mapa das Artes ( www.mapadasartes.com.br), participam de exposições coletivas em três galerias. Em São Paulo, as exposições são simultâneas e ocorrem na Galeria Sancovsky (antiga Arterix) (de 22/1 a 21/2) e na Zipper Galeria (de 23/1 a 21/2). Em Belo Horizonte, a mostra ocorre na Orlando Lemos Galeria, entre 07 e 29/03/15. O artista premiado ganhará uma individual no mesmo período no espaço mineiro.
O júri de seleção foi formado pelos curadores Adriano Casanova, Enock Sacramento e Mário Gioia, que escolheu os seguintes artistas: Andrey Zignnatto (SP), Charly Techio (SC/PR), Cida Junqueira (SP), Evandro Soares (BA/GO), Fernanda Valadares (SP/RS), Lucas Dupin (MG), Marcos Fioravante (PR/RS), Myriam Zini (Marrocos/SP), Piti Tomé (RJ) e Thais Graciotti (ES/SP). Após a abertura, o júri fará votação para definir o ganhador do prêmio de R$ 1.000,00. O escolhido ganhará ainda uma exposição individual na Orlando Lemos Galeria. Todos os dez selecionados recebem R$ 600,00 de ajuda de custo.
O Salão dos Artistas Sem Galeria tem como objetivo avaliar, exibir, documentar e divulgar a produção de artistas plásticos que não tenham contratos verbais ou formais (representação) com galeria de arte na cidade de São Paulo. O Salão é uma porta de entrada para os artistas selecionados no mundo das artes.
A 6ª edição do Salão dos Artistas Sem Galeria recebeu 145 inscrições de 11 Estados brasileiros mais o Distrito Federal. São Paulo compareceu com 88 artistas, sendo 69 da capital, 15 do interior, 4 do ABC e um do litoral. Rio de Janeiro teve 19 inscritos (14 da capital e cinco do interior e litoral). Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais vieram em terceiro, com sete inscritos cada. Santa Cataria compareceu com quatro inscrições. Amazonas, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso e Pará tiveram uma inscrição cada.
A galeria paulistana Zipper foi, mais uma vez, indicada como preferida dos artistas inscritos. A Zipper recebeu 30 votos opcionais e espontâneos. Pela primeira vez na história do evento, Agnaldo Farias não é o curador mais mencionado pelos artistas inscritos. Foi ultrapassado por Mario Gioia, que contou com 11 votos. Agnaldo segue em segundo, com 9 votos. Em terceiro apareceu Cauê Alves (oito) e Paulo Miyada (sete). Josué Mattos, Marcelo Campos e Ricardo Resende tiveram cinco votos cada. Paulo Herkenhoff, Fernando Oliva, Fernando Cocchiarale e Thaís Rivitti tiveram quatro votos cada. A indicação de até três curadores na ficha de inscrição foi opcional e espontânea. Outros 90 nomes foram lembrados pelos artistas, que podiam votar em até três curadores.
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SERVIÇO:
“Traços de Impermanência”, de Matias Mesquita
6ª edição do Salão dos Artistas Sem Galeria
Abertura: 23 de janeiro de 2015, às 19h
Período expositivo: de 24 de janeiro a 21 de fevereiro de 2015
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@ Zipper Galeria
Jardim América: r. Estados Unidos, 1.494, tel. (11) 4306-4306. Seg. a sex., 10h/19h; sáb., 11h/17h. www.zippergaleria.com.br
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