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VISUAL ARTV -Alzira Fragoso participa de exposição coletiva no MAC com 106 artistas selecionados do acervo do museu.





Alzira Fragoso participa de exposição coletiva no MAC com 106 artistas selecionados do acervo do museu.
MAC NO SÉCULO XXI – A ERA DOS ARTISTAS”
Curadoria: Katia Canton
Abertura: 20 de maio, sábado, às 11h, no MAC Ibirapuera
Visitação: Por tempo indeterminado

"origem" de Alzira Fragoso

O Museu de Arte Contemporânea da USP apresenta um conjunto expressivo de obras que entraram em seu acervo recentemente. A exposição “MAC NO SÉCULO XXI – A ERA DOS ARTISTAS” mostra ao público, a partir do dia 20 de maio, às 11 horas, mais de 100 obras de artistas como Alzira Fragoso, Regina Silveira, João Loureiro, Luiz Braga, Iran do Espírito Santo, Sandra Cinto, Geórgia Kyriakakys, Felipe Cama, Albano Afonso, Jonathas de Andrade, Vânia Mignone, Marepe, Paulo Whitaker, entre tantos outros. São 106 obras no total.

A exposição completa o conjunto de mostras - ao lado de A Instauração do ModernoVisões da Arte no Acervo do MAC USP 1900-2000 e Reserva em Obras - que o MAC USP organizou para permanecer em cartaz nos próximos cinco anos, colocando à disposição do público mais de 400 obras do acervo do Museu. Importante lembrar que um dos argumentos que levou o Museu a ocupar seu novo edifício no Ibirapuera foi justamente ter mais espaço para apresentar ao público uma parte maior de seu acervo. Neste caso, chamamos a atenção para a obra “ORIGEM” da artista Alzira Fragoso.
O trabalho que Alzira Fragoso apresenta agora nesta exposição coletiva no MAC, são colagens com organza. As colagens são o resultado da aplicação de recortes têxteis de elementos como ramos, flores, pássaros e frutos, cada um deles desenhado, pintado e pirofrafado, sobre organza de seda pintada sobre lona. É sobre e com a organza - tecido em vias de extinção, diga-se - que a artista constrói suas narrativas pictóricas: cada detalhe que se vê figurado em sua obra foi previamente desenhado sobre tecido e recortado antes de encontrar seu lugar na composição final. Cada flor, cada arbusto, cada personagem, cada símbolo foi, em alguma etapa do trabalho, singularmente determinado. As cores quase sempre são ditadas pela limitação industrial da paleta em que os rolos de organza são comercializados; só muito raramente Alzira interfere com outras camadas de tinta. A única intervenção nas tonalidades do tecido de base é feita com pirógrafo, usado para desenhar, contornar, escrever ou desgastar determinada área da colagem. O resultado desse processo é uma iconografia que remete a uma ancestralidade intrigante.

Nas colagens da artista, se desenrolam cenas de afeto e de relacionamento amoroso que integram, de forma muito coerente, forma e conteúdo do trabalho. O labour of love da arte têxtil reforçado por um cenário de possibilidades reinvestidas de comunicação e entendimento entre os mesmos seres humanos cuja existência se anunciava avassaladoramente engolida pela hiperaceleração do tempo. Deste modo, Alzira concilia a ancestralidade das práticas manuais com a memória dos encontros amorosos viáveis, e tudo isso amarrado por uma técnica e um emprego dos materiais absolutamente singulares.

Para organizar MAC NO SÉCULO XXI – A ERA DOS ARTISTAS a curadoria escolheu evitar leituras fixas, levando em consideração a longa duração da exposição.
A exposição reflete o trabalho conjunto do curador com o artista, propondo uma curadoria quase invisível, que busca colocar o foco expositivo nas obras dos artistas. Não há prévias leituras ou percursos conceituais definidos. As obras se abrem para a exploração livre e às experiências de cada observador, que fará suas conexões e relações de identidade e alteridade, entre tantas conversas possíveis. “Trata-se de uma curadoria que assume a vontade de fazer emergir os significados polivalentes intrínsecos à obra de arte em suas relações com o outro e com os outros, em processos dinâmicos e incessantes. As conexões são fios móveis, que não param de passar”, conclui a curadora Katia Canton.
Alzira Fragoso
Reside e trabalha em São Paulo. É formada em arteterapia pela Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP, Alzira acrescenta a sua formação cursos livres com Evandro Carlos Jardim (gravura), Nelson Leirner, Paulo Pasta (pintura), Ubirajara Ribeiro (aquarela) e também cursos críticos de História da Arte com Kátia Canton e Agnaldo Farias. Realizou mostras individuais na Pinacoteca de São Caetano do Sul e de Piracicaba, na Capela do Morumbi (instalação “O Amor e seus Demônios”, 2001) e na Biblioteca Alceu Amoroso de Lima. Participou de mostras coletivas em espaços institucionais como o o MAC USP, Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB, Museu da Casa Brasileira, Sesc Pompeia e a Casa do Brasil (Madri, Espanha) e em galerias em São Paulo, Londres, Paris e Lisboa.

*release baseado em texto da crítica de arte, Juliana Monachesi
SERVIÇO:
Exposição: MAC no Século XXI – A Era dos Artistas
Curadoria: Katia Canton
Abertura: 20 de maio de 2017, a partir das 11 horas
Encerramento: longa duração, sem data de encerramento agendada
Visitação: terças, das 10 às 21h, quarta a domingo das 10 às 18h
Local: MAC USP Ibirapuera – Avenida Pedro Álvares Cabral, 1301
Telefone:11 2648.0254 (recepção) 11 2648.0258 (educativo)                      
Entrada gratuita |http://www.mac.usp.br/mac/

Assessoria de imprensa: Solange Viana | solange.viana@uol.com.br | tel. 4777.0234

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