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CIA FRAGMENTO DE DANÇA: Três trabalhos unem realidade e ficção na Terça Aberta na Quarentena de agosto


 


Três trabalhos unem realidade e ficção na
Terça Aberta na Quarentena de agosto

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                                                                                                                   Tatiana Guimarães apresenta “Breve”, que metaforiza as figuras da avó e da democracia.    
Três trabalhos inéditos que mesclam autobiografia e ficção – “VACA”, de Bruna Betito, “Esboço: Em busca da grande cena”, de Laura Fajngold, e “Breve”, de Tatiana Guimarães –, compõem as apresentações ‘ao vivo-online da Terça Aberta na Quarentena de agosto, que acontece via plataforma Zoom, no próximo dia 18, às 19h. A proposta, que a Cia Fragmento de Dança desenvolve desde 2016, acolhe processos artísticos de dança, teatro e performance, e ganha na pandemia uma outra "cara", desafiando os modos de compartilhamento e formas de construir a fruição e o debate entre artistas e público na virtualidade.
Em “VACA” – grafado assim mesmo, com letras maiúsculas –, a atriz, performer e professora Bruna Betito discorre sobre o universo das amantes - ou da condição das amantes ao longo da história: essa figura transgressora e indissociável ao casamento, condenada e sem direito de defesa. Com dramaturgia de Debora Rebecchi, preparação corporal de Thiane Nascimento e orientação cênica de Janaína Leite, o trabalho, ainda em processo de criação, tem como ponto de partida a autobiografia da atriz, deslocada para um universo onírico, surreal e mitológico. A partir dos seus sonhos com o Apocalipse, que são narrados e dramatizados, a peça mistura realidade documental, ficção e uma dose de sarcasmo. É a saga e a peregrinação de uma mulher em constante busca pela identidade animal a que foi destinada.
“Esboço: Em busca da grande cena”, criação de Laura Fajngold, é uma performance vista a partir de um campo ampliado, como uma plataforma de comunicação aberta. Em diálogo com um suposto diretor/a, a personagem – uma atriz que se prepara para a grande cena -, compartilha seus questionamentos sobre a composição da personagem e suas contradições, demonstra seus repertórios cênicos e memórias e vai estabelecendo relações que confundem realidade e ficção. A procura pela grande cena gera metáforas que apontam para os clichês do dia a dia da atriz. A partir daí, o improviso pode ocorrer no ato da performance, criando uma sensação de esboço, de laboratório, que busca sua autenticidade no que há de legítimo na própria performance, na dissolução do efeito ilusionista de interpretação. Laura Fajngold conta com a atriz Janaina Leite como provocadora para a criação do trabalho.
A pesquisa de “Breve”, também em processo, parte de história autobiográfica da avó de uma das diretoras do Núcleo Micromovimentos Dança&Cinema, Tatiana Guimarães, estabelecendo uma estreita relação com a situação macropolítica do Brasil, do fim da ditadura militar até os dias atuais. Lança um olhar artístico para o período, que tem início no processo de redemocratização, passa por ciclo de progressivas conquistas de direitos civis e sociais e é enterrado com a eleição presidencial de 2018, em paralelo à história de vida e morte da avó da artista nesse mesmo período. “Breve” pressupõe que a ascensão do autoritarismo no Brasil e no mundo tem profundos traços patriarcais e traz como pano de fundo a perspectiva de um atentado ao feminino – metaforizado nas figuras da avó e da democracia – que é cíclico na história da humanidade, como na Caça às Bruxas, que ocorreu entre os séculos XVI e XVII. Em uma camada mais mitológica, o trabalho reflete dualismos como vida e morte, feminino e masculino, democracia e autoritarismo, em contínuo confronto e que se desestabilizam de forma irruptiva de tempos em tempos, como agora. Andrea Mendonça responde pela direção audiovisual, a luz é de Lucia Chedieck e Daniel Conti assina a trilha sonora.
A composição dos trabalhos da noite e a mediação da conversa que rola entre as artistas e o público depois das apresentações são feitas por Janaina Leite (Grupo XIX de Teatro) e Vanessa Macedo (Cia Fragmento de Dança).
Para assistir, o público deve fazer inscrição no link https://bit.ly/tercaabertaagosto ;
no dia do evento, será enviado um link para acesso à plataforma ZOOM, por e-mail e telefone.
A ação faz parte do projeto “Autodepoimento na cena”, contemplado pela 27ª Edição do Programa de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo.
*Artistas interessados em compartilhar seus trabalhos podem se inscrever no site https://www.ciafragmentodedanca.com.br/
FOTOGRAFIAS

Bruna Betito


VACA - Bruna Betito

Esboco-em busca da grande cena - Laura Fajngold


Laura Fajngold

Tatiana Guimarães

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Serviço:
Terça Aberta na Quarentena – Cia Fragmento de Dança
Com: Bruna Betito (“VACA”), Laura Fajngold (“Esboço: Em busca da grande cena”) e Tatiana Guimarães (“Breve”)
Mediação: Janaína Leite e Vanessa Macedo.
Dia 18/8, 19h – Plataforma Zoom
Inscrições no Link:  https://bit.ly/tercaabertaagosto
  
·        A “Terça Aberta”, que antes da pandemia acontecia mensalmente no Kasulo - Espaço de Cultura e Arte, sede da Cia Fragmento de Dança, nasceu em 2016, viabilizada pelo Programa de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo, e tornou-se uma ação permanente e contínua da companhia dirigida por Vanessa Macedo. Espaço de intersecção, debate e difusão de trabalhos de dança, teatro e performance, participam artistas que desejam compartilhar seus processos, trocando impressões entre si e com o público, uma vez que, ao final das apresentações, é aberta uma roda de conversa. Em 2017, a companhia recebeu o prêmio Denilto Gomes, na categoria “difusão em dança”, por esta iniciativa.
  
Informações adicionais:
Elaine Calux – assessoria de imprensa
11 964655686 | 33689940

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