A proposta da Galeria Lume para o espaço da feira
ArPa, busca a contraposição entre os simbolismos do céu e das gavetas. Em uma composição entre os artistas
Eduardo Coimbra e
Francisco Nuk, as obras ganham significado a partir de um conto fictício no qual ao acordar, um homem percebe que suas gavetas não conseguem mais nada aprisionar, exceto quimeras. Ele, agora lúcido, enxerga a cidade de cima e decide quais desejos desatar. Desperto, envolto em abismos, o homem comunga o infinito. Procura em si a matéria capaz de alumbrar o mundo, tornando-se instrumento de translucidez. Determina em cada guardado, onde estarão as luzes e as sombras. Ele, antes mediano, corpo inerte, poderá vagar em nuvens. Absorto, desperta em imagens onde o escuro se dissipa.
Entre a realidade e a imagem da realidade, os artistas exploram a indeterminação do objeto, por vezes úteis, por outras devaneio. Por vezes confinamento, outras amplidão. Institui-se, assim, um jogo entre a vastidão repentina e a clausura, entre o céu e o breu.
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