A Galeria Jaqueline Martins apresenta, a partir de 6 de novembro de 2014, às 18h, a exposição coletiva abrakadabra, cujas obras abordam a dimensão mágica do som. A mostra, com curadoria de Claudia Rodriguez Ponga, inclui obras dos artistas brasileiros Mario Ramiro, Bruno Palazzo e Raquel Stolf, além de artistas estrangeiros como Fina Miralles, Marisa Pons, Kina Marull, Loreto Martinez Troncoso, Stuart Brisley e Milan Grygar.
Partindo da origem babilônica do termo abracadabra, utilizado até hoje em shows de mágica, a exposição propõe questionar a relação entre som e magia, dos cantos de sereia às ondas radiofônicas. O som viaja pelo ar e identifica-se com este elemento e com sua imaterialidade, relacionada, na mitologia e em outras formas narrativas, à comunicação com o além, e ao que está, portanto, além da razão. “O som”, conforme David Toop, “é uma assombração, um fantasma, uma presença cuja localização no espaço é ambígua, ao mesmo tempo que sua existência no tempo é transitória (...). Em tais contextos, o som muitas vezes funciona como uma metáfora para a revelação mística, a instabilidade (...), a falta de forma, o sobrenatural (...), o desconhecido, o inconsciente e o extra-humano".
A mostra reúne artistas com uma produção vinculada ao som entendido como assombração, manifestação sobrenatural ou, ainda, como forma de linguagem não convencional. Não visa abordar a arte sonora de forma geral, embora inclua figuras históricas representantes dessa expressão artística como o tcheco Milan Grygar e jovens artistas com produção exclusivamente voltada para som. Entre eles temos Bruno Palazzo e a “assobiatriz" Marisa Pons, enquanto Mario Ramiro e Raquel Stolf, cuja produção artística é focada, em grande parte, em pesquisas sonoras, se enquadram como especialistas na relação entre som e fantasmagoria. Outros artistas da mostra se enquadram na temática com pesquisas em performance, como o renomado artista inglês Stuart Brisley e a artista conceitual espanhola Fina Miralles.
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