Lançamento do vídeo clipe da música "A pedra que Andou" dirigido pelo fotografo Renê de Paula, com participação da modelo pernambucana Emanuela de Paula.
Sobre o show _ por Rodrigo Brandão
BUM! Explode o couro do tambor, trazendo o aviso: está aberto o Baile Beatnik. Apresentem suas almas, é hora de dançar, com o corpo, com a mente, de preferência ambos.
A orquestra no salão atende por Afrobombas, alcunha que serve como carta de intenções. Sons emanados do Berço Do Mundo, em tom explosivo. Mas atenção, essa dinamite é sub-grave, contém urgência tranquila, nada estabanada nem estridente, bate macio. De sal e Sol, como canta o refrão.
Também pudera, o maestro tem estrada, é gatuno que carrega consigo uma tonelada de maracatu. Há quinze anos (e contando!) `a frente da Nação Zumbi, Jorge Du Peixe é carimbo de Controle de Qualidade em tudo que toca.
Não espere porém que o já lendário mangue beat paute o cardápio sonoro por aqui. “Afro-Rock”, “Soul Jamaicano” e “Cantiga de Roda Lisérgica” são pistas mais indicadas. “Atmosfera” e “pulso”, palavras-chave.
Vale ressaltar também que, apesar da onipresença natural do ponta de lança, trata-se de um legítimo trabalho em equipe, que conta ainda com o trompetista Guizado , Ramon Lira na percussão, e o power trio formado por Fernando Rasta na guitarra, Thiago Duar no baixo e Pernalonga na bateria.
Completando o combo, a cantora Louise Taynã traz um tom de suavidade flutuante à linha de frente do Afrobombas. Ouvido atento a duetos cujo casamento de vozes desafia a matemática, de Gainsbourg & Jane Birkin a Tricky & Martina, passando por Tim Maia & Elis Regina, Du Peixe encontrou na apelidada Lula o contraponto ideal ao trovão que traz no peito.
E a festa apenas começou... O negócio é aproveitar o Baile e se deixar levar pela cadência Beatnik. Abrir o parque de diversões na cabeça e botar o pé na estrada, porque o uivo já tá ecoando.
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