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WEB TV VISUAL ARTV - SELVÁTICA ENCENA EM SÃO PAULO - RELEITURA CONTEMPORÂNEA DE " IRACEMA "





Encaminho material da peça Iracema 236ml – O Retorno da Grande Nação Tabajara, do  Selvática, um coletivo bem legal que vem "tumultuando" a cena curitibana. A temporada  em São Paulo é pelo Prêmio Myriam Muniz. A proposta é bem interessante: lança mão da índia Iracema  (içada do romance de José de Alencar), em múltiplas versões, para discutir gênero, submissão, desilguade, identidade, e por aí vai.. Foto de Tamiris Spinelli (tenho outras). Estou à disposição para informações adicionais. abraço, 
Elaine Calux - assessoria de imprensa
11 33689940 | 964655686
Selvática encena, em São Paulo, releitura contemporânea
de Iracema
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Coletivo curitibano se apresenta pela primeira vez na cidade.
Com texto e direção de Leonarda Glück, o coletivo curitibano Selvática Ações Artísticas apresenta, em São Paulo, em curta temporada de 2 a 4 de outubro, na Sala Arquimedes Ribeiro, da Funarte, “Iracema 236ml – O Retorno da Grande Nação Tabajara”, uma releitura contemporânea da trágica história de amor entre a índia tabajara e seu colonizador, imortalizada no romance-épico-lírico (na definição de Machado de Assis) “Iracema”, de José de Alencar (1829-1877). GRÁTIS.
Na montagem de “Iracema 236ml – O Retorno da Grande Nação Tabajara”, aqui ironicamente transmutado em produto envasado, o texto de José de Alencar encontra vida falante na forma de manifesto literário-teatral. A realidade cultural lírica do início do século XVII, retratada na obra de 1865, é transportada para um atribulado cenário brasileiro atual, pós-industrialização, afetado pelo avanço tecnológico, pelas discussões de gênero e pela velocidade comunicacional que a contemporaneidade suscita. “Durante a pesquisa, questões filosóficas primordiais foram visitadas, em busca de uma identidade nacional singular, e os artistas criadores expressam com exatidão a simbologia da dominação cultural a que estamos submetidos, de uma  identidade cultural brasileira que se constrói com base em permanente amálgama histórica, digerindo a cultura exportada pelas grandes potências mundiais e regurgitando-as já mescladas de cultura popular”, avalia Leonarda Glück. 
Por meio de uma narrativa crítica e irônica, a peça desconstrói o romantismo indigenista da obra de Alencar, como forma de questionar a relação entre colonizador e colonizado e a formação da cultura brasileira, seus frutos e desdobramentos através dos tempos. A diretora da peça comenta que "apesar de terem sido os primeiros habitantes do Brasil, para além de todo o processo de colonização, os índios sempre estiveram ausentes da vida social e política do país, ocupando um lugar inferior na hierarquia da civilização branca".
Ao questionar a legitimidade de uma cultura genuinamente brasileira, a peça se volta para as questões que determinam e perpetuam as desigualdades de gênero, raça e os tradicionais modos de submissão. “A Iracema selvática é uma breve passagem literatura brasileira adentro rumo à cena viva. A imagem da índia brasileira é suscitada pela cor local de um Brasil que mal nasce e já vai morrendo, de doença, escassez, de falta de educação, de falta de amor, de ser roubado, sugado e crackeado”, pontua Glück.
Em meio às várias versões para a virgem dos lábios de mel de Alencar, os artistas selváticos - Patricia Cipriano, Stéfano Belo, Simone Magalhães, Mari Paula, Ricardo Nolasco e Manolo Kottwitz  - fazem, durante o espetáculo, referência a marcos históricos brasileiros, como a Semana de Arte Moderna, passando pelos movimentos Antropofágico e Tropicalista.  
Espetáculo multimidia, a encenação dialoga com a cenografia digital do paulistano Danilo Barros (Modular Dreams) e a projeção contínua de vídeos, inspirados nos cenários pictóricos pintados em grandes telas no século XIX.
O espetáculo, de 2014, foi criado com o apoio do Fundo Municipal de Cultura da Fundação Cultural de Curitiba e a circulação, que, além de São Paulo, inclui Rio de Janeiro, Curitiba e Fortaleza, é realizada por meio do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz/2014. 


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Serviço: “Iracema 236ml – O Retorno da Grande Nação Tabajara” - Selvática Ações Artísticas. Dias 2, 3 e 4 de outubro (sexta a domingo), às 21h. Complexo Cultural Funarte SP -Sala Arquimedes Ribeiro (Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elíseos – Tel: 11 3662-5177). Duração: 1h20. Classificação: 16 anos. Lotação: 50 lugares. Grátis (os ingressos devem ser retirados uma hora antes, na bilheteria do teatro).

Sobre a Selvática
A Selvática Ações Artísticas nasceu em 2012, a partir da criação, em Curitiba (PR), da Casa Selvática – um espaço para artistas independentes desenvolverem pesquisas e experimentos. Hoje, a casa é ponto de encontro entre artistas, comunidade e público que buscam um espaço aberto ao intercâmbio onde diversas linguagens podem coexistir. Com uma programação mensal praticamente ininterrupta, tem movimentado a cena curitibana, propondo discussões acerca da arte contemporânea e alternativas de autogestão e organização de coletivos artísticos, com ênfase em discussões sobre brasilidade, latinidade e autonomia dos países latino-americanos. Nesses três anos de existência a Selvática já se apresentou em diversas cidades do Brasil, América Latina e Europa.
Ficha Técnica:
Texto e direção: Leonarda Glück Elenco: Patricia Cipriano, Stéfano Belo, Simone Magalhães, Mari Paula, Ricardo Nolasco e Manolo Kottwitz  | Direção de movimento: Gabriel Machado Trilha sonora original: Jo Mistinguett | Figurino: Gui Ossani | Cenografia: Danilo Barros (Modular Dreams) Vídeos:Tamíris Spinelli e Danilo Barros Iluminação: Trio Desenho de luz: Wagner  Corrêa | Operação de luz: Semyramys Monastier | Voz em off: Limerson Morales Direção de produção: Gabriel Machado Designer gráfico: Rafael Bagatelli | Realização: Selvática Ações Artísticas | Produção local: Vanessa Lopes [INdependente]. Foto: Tamiris Spinelli
Informações adicionais:
Elaine Calux - assessoria de imprensa
11 33689940 | 964655686

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