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Listão da semana: "Uma crise chamada Brasil" e mais 12 lançamentos

 



#113 — Segunda-feira, 5 de junho de 2023
Uma década em retrospecto

Começa nesta quarta (7) a segunda edição d'A Feira do Livro, que reúne leitores, escritores e editoras na Praça Charles Miller, em São Paulo. Entre os destaques da programação, gratuita e aberta a todos, está a participação do jornalista Conrado Corsalette (Nexo Jornal), cujo Uma crise chamada Brasil chega nesta semana às livrarias. No livro, ele analisa as principais pautas e a agenda política que movimentaram o Brasil desde as Jornadas de Junho de 2013 e reflete sobre a erosão da política brasileira nos últimos anos — temo que abordará junto a Natalia Viana, cofundadora e diretora executiva da Agência Pública, durante o evento. Veja aqui a programação completa.

Completam a seleção da semana os novos romances do francês Patrick Modiano e da argentina Lucrecia Zappi, a análise de um momento decisivo na carreira de Oswald de Andrade, o romance de estreia da islandesa Fríða Ísberg, o registro em livro do movimento "Um grande dia para as escritoras" e outras novidades quentinhas.

Edição de Marília Kodic
Texto de Mauricio Puls


Veja os lançamentos de semanas anteriores.

 
Uma crise chamada Brasil: a quebra da Nova República e a erupção da extrema direita. Conrado Corsalette.
Fósforo • 368 pp • R$ 79,90

Cofundador e editor-chefe do Nexo Jornal, Corsalette condensa a história política brasileira recente, começando com as manifestações de junho de 2013 e passando pela polêmica Operação Lava Jato, a ascensão de Bolsonaro, a eleição de Lula e a invasão às sedes dos Três Poderes. O livro traz 53 entrevistas feitas em parceria com Malu Delgado.

Ao resenhar o livro para a Quatro Cinco Um, Fábio Silvestre Cardoso escreve: “Antes de comentar os vícios da operação, o autor explica o significado de algumas expressões que se tornaram elementares para o acompanhamento do noticiário político. Assim, ao definir para o leitor 'prisão preventiva', 'condução coercitiva" e 'delação premiada', ele faz com que o livro não se transforme numa teia com fim em si mesma. Ponto para Corsalette”Leia o texto na íntegra.

Leia também: Livro reúne conjunto de análises e ensaios que buscam identificar os mecanismos de degradação democrática no país — alguns autores veem o fim da Nova República nas Jornadas de Junho de 2013.

Assinantes da Quatro Cinco Um têm 20% de desconto no site da Fósforo. Conheça o nosso clube de benefícios, que dá descontos em livros, eventos e produtos culturais.

Cena de um crime. Patrick Modiano. 
Trad. Ivone Benedetti • Record • 176 pp • R$ 59,90

Em seu novo romance policial, o francês Patrick Modiano aborda temas como os labirintos da memória e o peso do passado. Situado na Paris dos anos 60 e perpassado por segredos e intrigas, o livro retrata a história de um homem que busca respostas sobre um roubo infame e jamais solucionado de sua infância. Ganhador do Nobel de Literatura em 2014 e do prêmio Goncourt em 1978, Modiano costuma explorar, por meio da autoficção, os efeitos duradouros da Segunda Guerra Mundial e o período de ocupação nazista na França.

Leia também: Onda de reconstituição de crimes reais alimenta populismo penal e obsessão por justiçamento.

Assinantes da Quatro Cinco Um têm 30% de desconto no site do Grupo Editorial Record. Conheça o nosso clube de benefícios, que dá descontos em livros, eventos e produtos culturais.

 
Degelo. Lucrecia Zappi. 
Todavia • 256 pp • R$ 74,90/49,90

A autora argentina reflete sobre o amadurecimento e a educação de jovens encarcerados ao contar o drama de duas mulheres traumatizadas pela imensa repercussão de um crime cometido na adolescência: o assassinato de um líder indígena nas ruas de São Paulo. Depois de uma temporada em estabelecimentos prisionais, elas tentam reconstruir suas vidas. Zappi é também autora de Acre (Todavia, 2018), finalista do prêmio Jabuti.

À Quatro Cinco Um, a escritora conta: "Foi como explorar algo que não sabia exatamente onde as coisas se encaixavam. Pegar uma personagem totalmente travada, solitária, é interessante, é como ficar num quarto ‘dois por dois’. Tem muito da solidão dos adolescentes, algo que me toca.". Leia a entrevista na íntegra.

Leia tambémRomance de Lucrecia Zappi revela a solidão entranhada nos nossos relacionamentos e o estranhamento que emerge da intimidade

Assinantes da Quatro Cinco Um têm 20% de desconto no site da Todavia. Conheça o nosso clube de benefícios, que dá descontos em livros, eventos e produtos culturais.

 
A guerra invisível de Oswald de Andrade. Mariano Marovatto. 
Todavia • 144 pp • R$ 69,90

O compositor, poeta e crítico literário carioca Mariano Marovatto – que organizou o acervo de Cacaso e pesquisa inéditos de Ana Cristina Cesar – analisa a decisiva inflexão na carreira de Oswald de Andrade ocorrida em 1939, entre a publicação da peça O rei da vela (1937) e o lançamento do romance A revolução melancólica (1943), durante o qual esboçou o livro A guerra invisível, que não chegou a escrever.

Leia também: Entre salões, cafés, restaurantes, garçonnière e viagens, biografia culinária traça o roteiro da gastronomia na vida e na obra de Oswald de Andrade.

Assinantes da Quatro Cinco Um têm 20% de desconto no site da Todavia. Conheça o nosso clube de benefícios, que dá descontos em livros, eventos e produtos culturais.

 
A marcação. Fríða Ísberg.
Trad. Luciano Dutra • Fósforo • 280 pp • R$ 74,90/52,90

Neste romance distópico, Reykjavík, capital da Islândia, está submetida a um complexo sistema de vigilância estatal que está prestes a se tornar absoluto. A cidade está dividida por um muro de acrílico: de um lado ficam os que aceitaram receber uma marcação que mostra o quanto cada pessoa é suscetível a sentir empatia pelas outras e, de outro, os que lutam contra o que consideram ser um mecanismo preconceituoso. Primeiro romance de Ísberg, que já publucou volumes de contos e poesia, A marcação já foi traduzido para dezessete idiomas.

Ouça também: No podcast 451 MHz, o historiador Hilário Franco Júnior e a escritora Luisa Geisler conversam sobre o Brasil distópico e se ainda há espaço para sociedades utópicas na atualidade.

Assinantes da Quatro Cinco Um têm 20% de desconto no site da Fósforo. Conheça o nosso clube de benefícios, que dá descontos em livros, eventos e produtos culturais.

 
Um grande dia para as escritoras: autoras do Brasil mostram a cara. Deborah Goldemberg, Esmeralda Ribeiro, Giovana Madalosso, Paula Carvalho, Sony Ferseck (org.). 
Bazar do tempo • 176 pp • R$ 98

O livro registra o movimento “Um grande dia para as escritoras”, que mobilizou escritoras brasileiras em junho de 2022 a se apresentarem e se juntarem em imagens históricas. O volume apresenta 53 fotos de 2300 autoras brasileiras em cerca de cinquenta cidades do país e do exterior (Lisboa, Londres, Zurique).

Leia também: As escritoras Giovana Madalosso, Natalia Timerman e Paula Carvalho, que organizaram o chamado para a foto com escritoras, contam suas impressões desse dia histórico.
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+ novidades quentinhas
 
  • A invenção da poesia e outros poemas. Ruy Espinheira Filho.
    A coletânea reúne poemas escritos entre 2019 e 2022 pelo escritor baiano, ganhador dos prêmios Cruz e Sousa, Ribeiro Couto e da Academia Brasileira de Letras.

    Record • 252 pp • R$ 59,90
     
  • Junho de 2013: a rebelião fantasma. Breno Altman e Maria Carlotto (org.).
    Antologia de ensaios sobre os protestos por Camila Rocha, Jones Manoel, Lucas Monteiro, Mateus Mendes, Paula Nunes, Raquel Rolnik, Roberto Andrés e Vladimir Safatle.

    Pref. Dilma Rousseff • Boitempo • 128 pp • R$ 45
     
  • Medo da consciência negra. Lewis R. Gordon.
    O pensador político afro-judeu analisa a emergência de uma consciência Negra que combate ativamente o racismo, com um olhar atento ao Black Lives Matter.

    Trad. José Geraldo Couto • Todavia • 352 pp • R$ 84,90
     
  • Ninguém quis ver: poemas. Bruna Mitrano.
    O segundo livro de poemas da escritora da periferia carioca reflete sobre a desigualdade de gênero e a vida nos espaços estigmatizados da cidade.

    Companhia das Letras • 96 pp • R$ 59,90
     
  • Os funcionários. Olga Ravn.
    O romance da escritora dinamarquesa embute uma crítica irônica aos ideais de produtividade do capitalismo e seu método de exploração do trabalho. 

    Trad. Leonardo Pinto Silva • Todavia • 136 pp • R$ 64,90
     
  • Párocos e mestres. Ivy Compton-Burnett.
    Publicado em 1925, o romance da escritora inglesa contém uma crítica às instituições da era vitoriana, ao autoritarismo masculino e à subserviência feminina.

    Trad. Vilma Arêas e Marcelo F. Lotufo • Jabuticaba • 188 pp • R$ 40
     
  • Virginia Woolf & Vita Sackville-West: cartas de amor. Virginia Woolf e Vita Sackville-West.
    Reúne a correspondência e trechos dos diários das escritoras, que se conheceram em 1922. A relação amorosa entre elas inspirou o romance Orlando (1928), de Woolf.

    Trad. Camila von Holdefer • Morro Branco • 355 pp • R$ 89,90
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