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ClimaInfo, 25 de fevereiro de 2022.

 





Uma leitura diária dos muitos assuntos relacionados como mudanças climáticas
25 de fevereiro de 2022



Contra a "boiada", precisamos de um Congresso Nacional verde
Malu Ribeiro, da SOS Mata Atlântica, publicou um manifesto na Folhasobre a maior urgência do movimento ambientalista brasileiro no momento: eleger um Congresso comprometido com causas sociais e ambientais diante da emergência climática.
Apesar da pressão internacional e dos compromissos brasileiros em fóruns multilaterais, a Câmara dos Deputados e o Senado continuam intimamente ligados a retrocessos ambientais dos mais primitivos, buscando a todo o momento o desmonte da legislação ambiental, argumenta o texto (o WWF faz um apanhado de tudo que está em jogo, por exemplo, no PL da Grilagem).
Para Ribeiro, na maior parte desta legislatura, o esforço das organizações da sociedade civil, dos cientistas e da Frente Parlamentar Ambientalista esteve limitado à contenção de danos.
Heitor Scalambrini da Costa, professor aposentado da Universidade Federal de Pernambuco, destaca a importância da mentira como instrumento de política antiambiental, sobretudo nas promessas de autoridades para enfrentar o aquecimento global. “Uma conclusão óbvia é que os acordos e compromissos assumidos pelas nações nestas conferências foram boicotados, além de ineficazes e insuficientes para atender as metas acordadas de redução dos GEE. Ao chegar de volta a seus países depois destas conferências, o raciocínio é que: “No papel assinado [ele] aceita tudo, e o governante não é obrigado a fazer o que prometeu”, escreve o pesquisador em artigo ao Congresso em Foco.Em exemplo de como mentir é a principal estratégia daqueles que querem agravar a crise climática é mostrado por reportagem de((o)) eco
. Ela mostra como o deputado Juarez Costa (MDB/MT) está tentando fazer de conta que o Mato Grosso não tem áreas de bioma Amazônico para, assim, fugir de leis que se impõem aos territórios onde este ecossistema ocorre. É como se a Amazônia, maior fonte de vida do Brasil, fosse um estorvo, um pensamento que remonta aos ideais da colonização e a projetos da ditadura militar, recordaem artigoo diplomata noruegues Odd Magne Ruud.
A maioria dos brasileiros não têm a mesma opinião do Congresso Nacional sobre temas ambientais, e sabe das responsabilidades dos políticos para a proteção do clima. Por exemplo, 68% da população entende que o Congresso tem responsabilidade em reduzir a produção de plástico no país, de acordo com pesquisa do IPEC repercutida peloEstadão .

Em tempo:No dia 9 de março,Caetano Velosolidera artistas e ativistas em um protesto em frente ao Congresso para que o parlamento entenda que precisa representar a vontade do povo brasileiro no que diz respeito à proteção da natureza. Se não este parlamento, quem sabe o próximo?União Europeia quer restringir importação de commodities associadas ao desmatamento do Cerrado“Desmatar o Cerrado é fechar a torneira da água”, alerta Mercedes Bustamante, uma das maiores especialistas nesse bioma, cientista do IPCC da ONU e professora titular do Departamento de Ecologia da UnB. Em conversa com Daniela Chiaretti, noValor



, ela explica que o bioma é como uma floresta de cabeça para baixo, fundamental para 8 das 12 bacias hidrográficas do país, e é taxativa: toda decisão sobre uso da terra é uma decisão sobre o uso da água. Por isso, ela recomenda sair da discussão de desmatamento legal ou ilegal e entrar na discussão de como evitar o desmatamento.
A julgar pelo andamento dos debates na União Europeia, o Brasil se verá obrigado a abandonar esta dicotomia retórica: o bloco avalia expandir para o Cerrado sua proposta de proibição da importação de carne bovina, soja, café e outros produtos de áreas de desmatamento e degradação florestal.
A sinalização foi dada nesta semana em reunião de ministros da Agricultura dos 27 países-membros do bloco com o comissário europeu do Meio Ambiente, Virginijus Sinkevicius: “Estimamos que a proposta [em estudo pela UE] deverá contribuir para a proteção de cerca de dois terços da área de vegetação nativa remanescente no bioma Cerrado”, declarou Sinkevicius.
AoValora assessoria de Sinkevicius explicou que por “área remanescente de vegetação nativa do Cerrado” entende-se a área desse bioma que ainda não foi transformada em pastagem, agricultura, infraestrutura e em outros empreendimentos em data anterior a 2020.



Novas pesquisas ressaltam impactos do desmatamento e do aquecimento na Amazônia
Crescem as evidências científicas de que a ação humana direta (por meio do desmatamento) e indireta (pelas mudanças climáticas) está provocando um ciclo vicioso de destruição da maior floresta tropical do planeta. Ciclo também perigoso, já que a Amazônia pode estar se aproximando de seu ponto de inflexão. Dois estudos sobre os impactos da fragmentação de florestas e do desmatamento na vegetação foram publicados em prestigiadas revistas científicas internacionais nos últimos dias.
Um deles, publicado noJournal of Ecologyna 3ª feira (22/2) e destacado peloEstadão , trouxe o resultado da análise de 15 mil árvores da borda sul da Floresta Amazônica, envolvendo os estados de Pará e Mato Grosso, onde a degradação florestal é intensa. Na borda, a mortalidade é maior do que em qualquer outra parte da Amazônia, indicando o que poderá ocorrer se o desmatamento avançar em direção à floresta profunda. A falta de água e a força dos ventos foram as principais causas da mortalidade das árvores. Na engrenagem da destruição, as mudanças climáticas fazem com que o número de dias mais quentes e secos aumente, reduzindo a umidade e as chuvas. O desmatamento, por sua vez, deixa as árvores da borda mais expostas aos ventos, que aumentam com as temperaturas mais altas na região, destruindo mais árvores. O processo empurra a floresta rumo ao temido ponto de desequilíbrio e de savanização, com estudos apontam isso há décadas.
Outra pesquisa, liderada por pesquisadores da Universidade de Helsinskie publicada na Nature Communications, reforça que a fragmentação florestal na Amazônia está aumentando ainda mais os efeitos negativos, nas árvores altas, do aquecimento da temperatura em florestas menores e fragmentadas, remanescentes do desmatamento. O portal EcoDebatetraz os detalhes.



Ucrânia invadida, barril do petróleo bate US$100 e um mar de incertezas
A invasão da Ucrânia pelos russos fez o preço do barril de petróleo passar a marca mítica dos US$ 100 e tirou o sono de uma Europa que importa ⅓ das suas necessidade de trigo dos invadidos e quase 50% do gás e 30% do petróleo dos invasores.
O preço Brent do barril de petróleo, segundo aOil Price, fechou centavos abaixo da marca mítica. O preço de referência do gás também deu um pulo e quase chegou a US$ 5 o MMBTU (unidade de energia usada como referência no mercado de gás) para fechar no patamar do início do dia.
No Brasil, afora as notícias dos combates e pronunciamentos de autoridades, a preocupação foi com o preço dos combustíveis.Folha,UOLe oValor se referiram aos resultados da Petrobrás no ano passado - um lucro de mais de R$ 100 bilhões - para comentar que, no curto prazo, o barril de petróleo mais caro pode aumentar ainda mais a receita da empresa. Mas pode também enterrar de vez a pretensão de Bolsonaro de querer controlar o preço dos combustíveis na bomba.
Valor também dedicou uma matéria ao agro, dizendo da importância da Rússia para o setor, pois aquele país é um dos principais fornecedores de fertilizantes e um bom comprador do complexo soja.
Das internacionais, vale ver as análises do Financial Times,Bloomberg,New York Timese doPúblicode Portugal.
Outra matéria doNew York Times diz que a segurança energética, abalada pela invasão, pode comprometer as metas do Aacordo de Paris, por conta da ameaça de interrupção no fornecimento de petróleo e gás russos.
Climate Wiretraz um comentário instigante sobre o comportamento da Rússia, que poderia ser entendido a partir do seu comportamento nas negociações climáticas. Um experiente negociador climático lembrou que os russos costumam anunciar posições muito fortes aos 44 minutos do 2º tempo, o que obriga todos a varar a noite renegociando posições: “A situação na Ucrânia é um exemplo de como a Rússia não opera dentro das normas e regras internacionais quando eles não acham que é de seu interesse fazê-lo”.
Vale mencionar alguns comentários feitos no Twitter.Lauri Myllyvirta provoca perguntando quanto custaria à Europa deixar de depender dos fósseis russos; colocando o peso no consumo residencial, principalmente no aquecimento, ela acha que não seria tão doloroso quanto se tem pintado. Mark Lynasdiz que o salto no preço de petróleo e gás melhora ainda mais a posição russa; a menos que a  
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) bloqueie as exportações, algo militarmente bastante desafiador.Frente a obstáculos internos e externos, Biden tenta reviver agenda climáticaO gado - meio de subsistência básico nessa região - está morrendo em grande escala. Só no Quênia morreram ao menos 1,4 milhão de cabeças de gado, de acordo com a Autoridade Nacional de Gestão da Seca (NDMA), informa outra matéria doUOL
E uma última nota: no final da tarde ficamos sabendo que os russos ocuparam a planta nuclear de Chernobyl. Segundo aUOL, autoridades ucranianas falam da ameaça dos russos deflagrarem um segundo desastre nuclear. Além do reator que explodiu, existem lá três outros, inteiros, recentemente desativados.




À medida que aumentam os custos da crise climática, o presidente norteamericano Joe Biden procura precificar os danos às pessoas e ao meio ambiente oriundos das emissões de gases de efeito estufa da queima do carvão, informa aAP News.
Dar destaque ao “custo social do carbono” serviria para justificar regras de redução de emissões para combustíveis fósseis, transporte e outras indústrias. Entretanto, quando Biden estava para atualizar o valor deste custo social, um juiz federal da Louisiana suspendeu temporariamente os esforços e bloqueou o uso pelo governo do padrão provisório de US$ 51 em danos por tonelada de CO2 emitida. Muitos economistas esperavam que o número aumentasse drasticamente e até dobrasse, enquanto Republicanos e grupos empresariais diziam que a ênfase nos futuros danos climáticos prejudicaria a economia, particularmente o setor de energia.
Enquanto isso, o governo Biden também adiou as decisões sobre novas perfurações de petróleo e gás em terras federais e outras ações relacionadas à energia depois que um tribunal federal bloqueou a maneira como as autoridades calculavam os custos reais das mudanças climáticas, informa ainda aAP News.
“Não podemos construir um futuro feito na América se nós mesmos dependermos da China para os materiais que alimentam os produtos de hoje e de amanhã”, disse Biden em outra matéria da AP News, que destaca a vontade de Biden em combater o domínio da China no mercado de baterias elétricas. Biden quer aumentar os esforços dos EUA na mineração e processamento do lítio e dos metais raros necessários para a tecnologia que alimenta carros, eletrônicos, turbinas eólicas e muito mais.
) publicou um trabalho mostrando que a expansão da agricultura urbana avança no cumprimento de pelo menos 5 dos objetivos do desenvolvimento sustentável (SDG): SDG 2 - fome zero e agricultura sustentável; SDG 3 - saúde e bem-estar; SDG 10 - redução de desigualdades; SDG 11 - cidades e comunidades saudáveis; e o SDG 13 - ação contra a mudança global do clima.O PNUMA também publicou um guia


Agricultura urbana promove vários objetivos do desenvolvimento sustentável
Nossas metrópoles foram crescendo e empurrando os cinturões verdes para cada vez mais longe. Este processo parece estar se esgotando, como se pode observar na importância que a agricultura urbana vem ganhando nos últimos anos, tanto nas cidades quanto nos debates.
Ontem, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA
para políticas públicas, sumarizando as recomendações do trabalho. A nota à imprensa do órgão internacional pode ser lida aqui.
Importante: o trabalho foi desenvolvido a várias mãos, com destaque para o pessoal do Instituto Escolhas.

Em tempo 1: O afastamento dos cinturões verdes das grandes cidades brasileiras se deu pressionado pelo preço crescente da terra, mas também pela concorrência dos alimentos industrializados, em especial, a categoria dos ultraprocessados. A força do marketing e a durabilidade artificial aumentaram descomunalmente o peso dos ultraprocessados na dieta de quem mora nas cidades. Pesquisadores da USP e da universidade australiana Deakin publicaram dois trabalhos importantes sobre o impacto dos ultraprocessados. Josefa Garzillo, da USP, uma das autoras, disse que “as análises mostraram que o consumo de ultraprocessados na dieta brasileira aumentou significativamente a pegada de carbono e hídrica da dieta dos brasileiro”. A resenha daBori complementa dizendo que a pesquisa “traz à tona um impacto antes desconhecido dos alimentos ultraprocessados, registrando consequências ambientais do consumo desse tipo de alimento - que se somam às já conhecidas consequências para a saúde pública, como aumento do risco de desenvolvimento de obesidade e doenças crônicas relacionadas.” O trabalho sobre a pegada de carbono saiu em novembro passado e foi publicado na Revista de Saúde Pública. O da pegada hídrica saiu na última edição da mesma revista, mas ainda não tinha subido para o site. Daremos o link assim que sair. A Galileu reproduziu a resenha da Bori. O Metrópolestambém comentou.
Em tempo 2: O agronegócio nacional responde diretamente por cerca de 30% das emissões nacionais, o que o coloca em 2º lugar, atrás somente do desmatamento. Só o imenso rebanho nacional responde por 20%. No entanto, práticas mais sustentáveis poderiam reverter o sinal e tornar o agronegócio um removedor líquido de CO2. A da atmosfera, a maior parte na forma de grama que alimenta o rebanho e fixa o excedente no solo. A integração da pecuária com lavouras e florestas potencializa ainda mais o saldo positivo das remoções. CNNreporta que a EMBRAPA vem trabalhando nessa direção já há algum tempo. O grande pulo se daria convertendo os milhões de hectares de pasto degradado, que perdem continuamente o carbono existente no solo, em sistemas bem manejados que removem CO2


Clima extremo marca primeiros meses de 2022 na África
​​Cada vez mais pessoas viajam à cidade de Baidoa a partir das zonas rurais do sul da Somália, uma das áreas mais afetadas pela seca que afeta a região do Chifre da África, informa oUOL. Segundo o Programa Mundial de Alimentos da ONU, quase 13 milhões de pessoas, em sua maioria trabalhadores rurais, passam fome na região. Os desesperados pela fome e a sede geradas pela seca somam 5,7 milhões na Etiópia, 2,8 milhões no Quênia e 4,3 milhões na Somália, um quarto da população deste país.
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Enquanto isso, ventos de até 135 quilômetros por hora atingiram Madagascar quando o ciclone Emnati atingiu o solo, tornando-se a quarta grande tempestade a atingir a ilha do Oceano Índico em um mês, informam a AP News e aReuters .Assim como a seca no Chifre da África, os ciclones sublinham mais uma vez a maneira pela qual as mudanças climáticas podem estar afetando os padrões climáticos e colocando vidas em risco em lugares vulneráveis ​​comona ilha de Madagascar, comenta outra matéria daAP News.



Gelo marinho da Antártica encolhe para a menor área já registrada
O manto de gelo marinho no entorno da Antártica encolheu à menor superfície desde que esta começou a ser monitorada por satélites, há mais de 40 anos. Os dados preliminares são do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSICD - veja aba Antarctic), no Colorado, e foram divulgados na 2ª feira (21/2).
O manto de gelo da Antártica chegou a 1,97 milhão de quilômetros quadrados - superando outro recorde de baixa que já havia surpreendido os pesquisadores em 2017, quando a superfície coberta por gelo foi de 2,1 milhões de quilômetros quadrados. “É aterrorizante testemunhar este oceano congelado derretendo”, declarou à Bloomberg Laura Meller, conselheira do Greenpeace. Segundo Meller, os dados corroboram as evidências de “colapso climático” e terão consequências em todo o planeta.
Já os cientistas ouvidos peloGuardianforam mais cautelosos ao correlacionar a retração de gelo verificada na Antártica às mudanças climáticas, alegando que novos estudos são urgentes e necessários. Porém, é fato que os últimos oito anos foram os mais quentes já registrados na história, sendo 2021 o sexto mais escaldante.
Segundo a Bloomberg, o gelo marinho da Antártica tem sofrido uma retração de 13%, em média, a cada dez anos. Os efeitos indiretos incluem aumento do nível do mar, interrupção de padrões de sistemas migratórios da vida selvagem e aceleração do aquecimento global, uma vez que, com menos gelo, a área de reflexão dos raios solares também diminui.New York TimeseGizmodorepercutiram o recorde histórico.
Outro estudo recente, liderado pelo pesquisador Raul Cordero, da Universidade de Santiago do Chile, mostrou que o derretimento do gelo da Antártica também seria influenciado pelo chamado “carbono negro” (fuligem) produzido por atividades pesqueiras, de turismo e de pesquisas. OGuardiantraz mais informações.

Em tempo: blogClimate Connections, produzido pela Universidade de Yale dos Estados Unidos, fez um levantamento das últimas descobertas científicas sobre o aumento do nível do mar e sobre a Antártica. Vale conferir. O estudo está bem detalhado neste artigo doThe Conversation.Guardian,Phys.orgOutro indicador da emergência climática foi descrito na


Crise climática está distorcendo ciclo natural da água na Terra, sugere estudo
A água doce circula do oceano para o ar, das nuvens para os rios e daí de volta aos oceanos. Este vaivém constante pode nos dar a ilusão de que sempre teremos água nas nossas torneiras. Porém, um estudo publicado nesta 4a feira (23/2) naNature revela que esse ciclo está mudando mais rápido do que se esperava. À medida que a Terra se aquece, o ciclo da água se intensifica em um padrão “molhado-fica-mais-molhado-e- -seco-fica-mais-seco”. Ou seja, cada vez mais água doce está deixando regiões secas do planeta e terminando em regiões úmidas. Isso significa que, em áreas relativamente secas, haverá secas mais intensas e com mais frequência; em áreas relativamente úmidas, tempestades e inundações mais extremas. Nas próximas décadas, esta mudança pode tornar muito mais difícil o acesso à água doce em grandes áreas do planeta.
e aUniversidade de Nova Gales do Sultambém comentaram o estudo.
Folha: o recuo das 26 mil geleiras do Chile, incluindo os campos de gelo do Norte e do Sul. Juntos, estes formam a terceira maior massa de gelo do mundo, atrás apenas da Antártica e da Groenlândia, estendendo-se por 3.500 km2 de superfície, respondendo por 63% da superfície glacial do Chile. Alexis Segovia, glaciologista da Unidade de Glaciologia e Neve da Direção Geral de Águas do Chile, explica que "as geleiras são um indicador por excelência das mudanças climáticas porque são gelo e reagem a temperaturas mais altas". Elas também "devolvem muita radiação que chega à Terra" e, se continuarem diminuindo, o planeta "aquecerá mais rapidamente".

Em tempo: As altas temperaturas do verão aumentam o número de pessoas que sofrem emergências de saúde mental, segundo o estudo mais abrangente feito até o momento sobre o assunto. Este avaliou 3,5 milhões de visitas hospitalares de emergência para transtornos de saúde mental feitas nos EUA por 2,2 milhões de pessoas entre 2010 e 2019. O estudo concentrou-se nos meses mais quentes, de maio a setembro, e abrangeu 2.775 municípios, que respondem por 98% dos cidadãos dos EUA. A análise mostrou um aumento médio de 8% na taxa de visitas hospitalares de emergência nos dias em que a temperatura estava entre os 5% mais altos registrados no estudo. O efeito foi observado em quase todas as condições de saúde mental, incluindo estresse, transtornos de humor e ansiedade, esquizofrenia, automutilação e transtornos por uso de substâncias. O Guardiantraz outros detalhes.



Para se inscrever:
Programa oferece bolsa para ativismo climático intergeracional
Os movimentos internacionais de ativismo climático de mães e pais Parents for Future e Our Kids Climate estão com inscrições abertas para a seleção de bolsistas que queiram desenvolver estratégias de engajamento e ações climáticas em seus respectivos territórios. O programa Climate Parent Fellowship já está na segunda turma, tem um ano de duração e visa fortalecer os movimentos por justiça climática intergeracional. Os bolsistas recebem treinamento, mentoria e uma bolsa de meio período para apoiar sua dedicação. As inscrições vão até 3ª feira, dia 8/3, nestelink.

 


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