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A semana na piauí #209

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WEB TV VISUAL ARTV - GALERIA JAQUELINE MARTINS


Tudo que é Sólido Desmancha no Ar
e Cristiano Lenhardt
Curadores:
Bernardo de Souza e Bruno Mendonça
Aberturas: quarta-feira, 01 de Abril de 2015, às 18h
Galeria Jaqueline Martins
 


Instalação de Débora Bolsoni

Coletiva discute o papel da mulher na arte e na sociedade após revoluções de 1968

A Galeria Jaqueline Martins tem o prazer de apresentar a exposição “Tudo que é sólido desmancha no ar”, cuja abertura acontece no dia 1o de abril, das 18h às 22h. A mostra, com curadoria de Bernardo de Souza, busca estabelecer relações entre a obra de três jovens artistas brasileiras - Débora Bolsoni, Laís Myrrha e Ana Mazzei - e o trabalho de Letícia Parente (1930 - 1991), nome seminal da vídeo-performance no Brasil cuja atuação no campo das artes visuais se deu no breve período entre as décadas de 1970 e 80. A exposição ficará aberta para visitação até 16 de maio de 2015.
A partir da justaposição de práticas artísticas tão diversas quanto distantes no tempo, “Tudo que é sólido desmancha no ar” propõe uma análise em retrospectiva, evidenciando o conjunto de transformações culturais experimentadas pela sociedade brasileira nos anos que se seguiram a maio de 1968, especialmente aquelas que dizem respeito ao papel da mulher e sua condição política na contemporaneidade. De lá para cá, a atuação das mulheres no mundo da arte tornou-se, gradativamente, menos centrada nas questões de gênero e consequentemente mais afeta aos problemas de ordem coletiva. Como resultado desse processo, é notória a passagem do ambiente doméstico e privado para a esfera pública, essa arena onde homens e mulheres convivem ao sabor das vicissitudes da vida em comum independentemente de seu sexo. 
Muito embora boa parte das promessas revolucionárias de maio de 1968 se tenham visto frustradas no decorrer da história, muitas das antigas batalhas políticas foram superadas, sobretudo aquelas travadas pelas mulheres. Neste sentido, a obra de Letícia Parente, em que pese sua forte carga política, se dá majoritariamente em torno do universo feminino e do ambiente doméstico, não raro tratando das relações pessoais, e lançando mão do próprio corpo para discutir o papel da mulher na sociedade brasileira.  Já o trabalho de Bolsoni, Myrrha e Mazzei sinaliza radical mudança na agenda política,  uma vez que revela a quase total despreocupação com questões intrínsecas e exclusivamente femininas. Na contramão da luta feminista declarada, essas artistas refletem sobre a paisagem urbana, a arquitetura e o mundo do trabalho. Suas obras podem tanto fazer referência à vida operária e à atividade industrial quanto ganhar materialidade justamente através do trabalho braçal desempenhado por elas próprias na construção de suas esculturas e instalações.
Entre reformulações do espaço físico e concreto, reflexões sobre a vida política e proposições filosóficas de fundo místico ou metafísico,  o "triunvirato" de jovens artistas e a presença  fantasmática de Parente tensionam nesta exposição não apenas as relações de gênero e a cultura do trabalho, mas sobretudo a articulação de elementos materiais, signos e iconografias, pondo em xeque nossa percepção do mundo e oferecendo novas ferramentas para a construção de  realidades paralelas, ficcionais, tão insólitas quanto possíveis.  




Cristiano Lenhardt exibe vídeos recentes no projeto glory hole

Partindo da aproximação com o termo Raree Show ou “Espetáculo Raro”, o artista Cristiano Lenhardt apresenta uma instalação que se coloca como um desdobramento de alguns trabalhos recentes, os vídeos “Folclorista”, “Meu Mundo Jegue” e Super Quadra Saci”, apresentados no espaço Pivô, em 2012 e 2014, em São Paulo. Curadoria de Bruno Mendonça.
Nesta instalação, Lenhardt apresentará o vídeo “Meu Mundo Jegue”- que faz parte da pesquisa mais recente do artista além de alguns trabalhos impressos. No vídeo, o artista coloca como uma espécie de “statement”: Sobretuso o amor, a pobreza indígena maior riqueza da alma. Riuas sem asfalto, árvores e mais árvores ao ponto de voltar a ser do mato. Prefiro ser picado por uma cobra, comido por uma onça do que sentir preconceito ou abuso de poder. Nesta Pesquisa recente o artista faz outra declaração interessante: O ideal de representação se mistura a um cerimonial capenga. E as revoadas políticas são tomadas como coreografias graciosas.

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SERVIÇO:
“Tudo que é Sólido Desmancha no Ar” Curadoria de Bernardo de Souza
Raree Show2: Cristiano Lenhardt | Curadoria de Bruno Mendonça
Abertura: 01 de abril de 2014, às 18h
Período expositivo: de 02 de abril a 16 de maio de 2015
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@ Galeria jaqueline Martins
Pinheiros: r. Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 74, tel. (11) 2628-1943. Seg. a sex., 10h/19h; sáb., 12h/17h. 

 
 
 

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