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WEB TV VISUAL ARTV - PEÇA " O FINGIDOR " - PRORROGADA TEMPORADA






Peça "O Fingidor" tem temporada
prorrogada até 17/5, no Tucarena

O espetáculo "O Fingidor" com texto e direção Samir Yazbek - prorrogasua temporada no Tucarena até dia 17 de maio, com sessões às sextas-feiras (21h30), sábados (21h) e domingos (19h). Inspirado na vida e obra de Fernando Pessoa, o espetáculo está comemorando 15 anos, juntamente com os 80 anos de morte do poeta. A temporada também integra a programação de 50 anos do TUCA, festejados em setembro.

O “Fingidor” - Prêmio Shell de melhor autor e uma das mais festejadas montagens da Companhia Teatral Arnesto nos Convidou  a peça é uma obra de ficção. O texto apresenta o poeta em seus últimos dias, quando se candidata disfarçado a uma vaga de datilógrafo, oferecida por um crítico literário, profundo conhecedor de sua obra. Envolvendo personagens reais e fictícios, inclusive os heterônimos de Pessoa, o espetáculo traz uma visão bem-humorada sobre a poética do autor.

Este retorno ao palco traz parte do elenco da montagem original, encabeçado por Helio Cicero que divide o palco comDaniela DuarteDouglas SimonFause HatenFernando OliveiraFernando TrauerGabriela FloresLuiz Eduardo FrinMarcelo Cozza.

Esta é a sexta temporada de “O Fingidor” em São Paulo, tendo ainda se apresentado com sucesso em Portugal (XXV FITEI, no Porto, e no I Encontro Luso-brasileiro de Cultura, em Serpa), além de outras cidades brasileiras. O texto também foi adaptado para a televisão (Rede Cultura, projeto “Direções”), publicado duas vezes em português e traduzido para outros idiomas, como o francês e o espanhol. Para 2015, está previsto o lançamento de uma nova edição de “O Fingidor", pela Editora Giostri, e está em andamento um projeto de recriá-lo no cinema, pelo diretor Ugo Giorgetti.

O enredo

Segundo Samir Yazbek, "O Fingidor" não pretende ser um recital de poesia, tampouco uma biografia teatralizada do poeta. A peça serve-se da heteronímia, recurso por meio do qual Pessoa criava personalidades literárias, para apresentar, em carne e osso, uma personagem que Pessoa nunca imaginou: um “certo” Jorge Madeira (Helio Cicero). 

No enredo, Fernando Pessoa, vivendo seus últimos dias, disfarça-se como o datilógrafo Madeira, para conhecer José Américo, o crítico literário que o admira e prepara uma conferência sobre a sua obra. A partir daí, temos uma história com muitas surpresas. As situações se desenrolam com personagens reais e fictícias, tais como a governanta Amália, de quem Pessoa enamora-se, a irmã do poeta, o editor de uma revista literária, um jovem estudante de literatura e os principais heterônimos de Pessoa, resultando numa parábola sobre papel do artista na sociedade moderna.

A montagem
A direção de Yazbek valoriza o trabalho do elenco por meio da trajetória das personagens, investindo na comunicação com o público, abarcando desde a comédia de costumes até o drama existencial, revelando os aspectos mais sombrios da personalidade do poeta. Inspirada nas múltiplas vozes de Pessoa, a encenação transita entre a realidade e a imaginação, fazendo com que a crítica Mariângela Alves de Lima dissesse à época da estreia, no jornal O Estado de São Paulo: “Samir Yazbek faz um espetáculo encantador pela simplicidade com que trama o imaginário e o ‘real’”.

Dialoga com essa concepção o cenário de Marisa Rebolo, formado por painéis deslizantes que, conforme a condução do elenco, ora se apresentam de forma opaca, com os escritos de Fernando Pessoa, compondo os ambientes realistas, ora de forma transparente, revelando outros planos de ação.

O figurino de Elena Toscano é inspirado na linguagem de época, mas, no caso dos heterônimos Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, aproxima-se do expressionismo, traduzindo as contradições da poética de Pessoa. Em se tratando do heterônimo vivo, Jorge Madeira, o figurino revela uma identidade farsesca, remetendo a um referencial brasileiro de cultura popular. A sonoplastia de Raul Teixeira e a iluminação de Celso Marques intensificam as ambigüidades presentes na encenação.

Ficha de dados

Espetáculo: “O Fingidor”
Texto e direção: Samir Yazbek
ElencoHelio Cicero (Fernando Pessoa e Jorge Madeira), Daniela Duarte (Amália Conceição), Douglas Simon (José Américo), Fause Haten (Álvaro de Campos), Fernando Oliveira (Afonso Camargo), Fernando Trauer (Alberto Caeiro), Gabriela Flores (Henriqueta Madalena), Luiz Eduardo Frin (Ricardo Reis) E  Marcelo Cozza  (Miguel Escudero).
A dramática:  Maucir Campanholi
Direção original de movimento: Dani Hu
Cenografia: Marisa Rebolo
Figurino: Elena Toscano
Concepção de luz original: Celso Marques
​Montagem e operação de luz: G​abriela Araujo e G​uilherme Trindade
Sonoplastia: Raul Teixeira
Assistência de direção e operação de som: Izabel Hart
Programação Visual original:  Diego Spino
Finalização de arte​ e desenvolvimento de app​: ​Bluesman Design Studio
Fotografias cena​: Fernando Stankuns
5 portanto : Daniel Lopes
Assistência de produção: Marília Yazbek
Produção executiva: Marcela Sanchez
Direção de produção: Silvia Marcondes Machado
Administração: Mecenato Moderno
Apoio cultural: Porto Seguro
Realização: Companhia Teatral Arnesto nos Convidou

Serviço

Local: Tucarena  - www.teatrotuca.com.br
Rua Monte Alegre, 1024 - Perdizes/SP (entrada Rua Bartira). Tel: (11) 3670-8455
Temporada: Sexta (às 21h30), sábado (às 21h) e domingo (às 19h) - Até 17/05
Ingressos: R$ 50,00 (inteira); R$ 25,00 (meia); R$ 10,00 (estudantes, professores e funcionários da PUC-SP). Antecipados:www.ingressorapido.com.br (4003-1212). Grupos: (11) 5571-1407
Duração: 1h40 - Gênero: Drama cômico - Classificação etária: 14 anos
Capacidade: 170 lugares - Ar condicionado - Acesso universal Estacionamento conveniado: R$ 14,00 (Pier Park, R. Monte Alegre, 835, tel. 3120-5052)
Reestreia: 7/3/2015


Histórico de "fingidor"

Desde a sua estreia, em 20 de agosto de 1999, após cinco temporadas em São Paulo (1999, 2002, 2006, 2009 e 2013), apresentando-se no Rio de Janeiro (2002) e participando do Porto Alegre em Cena (2007), “O Fingidor” acumulou uma série de distinções. Em 1999, Samir Yazbek recebeu o Prêmio Shell de melhor autor pela peça. Em 2002, o trabalho representou o Brasil no XXV FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica), do Porto, em Portugal, e no I Encontro Luso-brasileiro de Cultura, em Serpa, Portugal. Em 2004, um Editora Ática, por meio do PNBE (Programa Nacional de Biblioteca da Escola), do Ministério da Educação, distribuiu a peça para 475 mil alunos da rede pública de ensino. Em 2005 o texto foi traduzido para o francês, teve leitura dramática no XX Festival de Cádiz, na Espanha, e foi montado por diversos grupos em estados brasileiros como Amazonas, Ceará, Curitiba etc. Em dezembro de 2005, em sua edição de número 100, uma Revista Bravo! colocou “O Fingidor” em 16º lugar, entre os 100 melhores espetáculos de teatro e dança dos últimos oito anos. Em 2006, o Banco Santander Banespa patrocinou uma temporada da peça em homenagem aos 70 anos de morte de Fernando Pessoa, no Teatro TUCA. No mesmo ano, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo lançou pela Coleção Aplauso, além de “O Fingidor”, outros dois textos premiados do autor: “A Terra Prometida” e “A Entrevista”. Em 2008, Samir Yazbek adaptou “O Fingidor” para a televisão, com o mesmo elenco da temporada anterior, no programa “Direções”, uma parceria da TV Cultura com o SESC TV. Em 2009, “O Fingidor” realizou temporada comemorativa dos dez anos, novamente no Teatro TUCA. Em 2013, o espetáculo integrou a programação do projeto “Imersão Samir Yazbek”, realizado pelo Sesc São Paulo, abarcando o repertório da Companhia Teatral Arnesto nos Convidou, leituras dramáticas de outros textos do autor, além de workshops de dramaturgia e interpretação. Nos últimos anos, a peça foi publicada pela revista cubana Conjunto, da Casa de Las Américas, além da editora mexicana Libros de Godot, com mais três obras destacadas do autor.

IMAGENS






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Eliane Verbena
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