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ALMILCAR DE CASTRO - BIOGRAFIA


Amilcar de Castro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Amilcar Augusto Pereira de Castro
Nascimento8 de junho de 1920
Minas Gerais
Morte21 de novembro de 2002 (82 anos)
Minas Gerais
NacionalidadeBrasil brasileira
Ocupaçãoartista plástico

Escultura no jardim do MAC-USP
Escultura no Hall das Bandeiras da Assembleia Legislativa de Minas Gerais
Amilcar Augusto Pereira de Castro (Paraisópolis8 de junho de 1920 — Belo Horizonte21 de novembro de 2002) foi um escultorartista plástico edesigner gráfico brasileiro. Introduziu a reforma gráfica do Jornal do Brasil nos anos 1950, que revolucionou o diagramação, e design de jornais como um todo, no Brasil.
Estabeleceu-se em Belo Horizonte em 1934 e formou-se em Direito na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1945, onde conheceu Otto Lara Resende e Hélio Pellegrino.
Freqüentou a Escola Guignard entre 1944 e 1950, onde estudou desenho com Alberto da Veiga Guignard e escultura figurativa com Franz Weissmann. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1953, iniciando sua carreira de diagramador nas revistas Manchete e A Cigarra. Participou do Grupo Neoconcretono Rio de Janeiro (1959-1961), e elaborou a reforma gráfica do Jornal do Brasil (1957/59). Durante os anos 60 fez a diagramação dos jornais Correio da ManhãÚltima HoraEstado de MinasJornal da Tarde e A Província do Pará, entre outros, além de ter trabalhado como diagramador de livros naEditora Vozes.
Após receber uma bolsa da Fundação Guggenheim e o Prêmio Viagem ao Exterior no XV Salão Nacional de Arte Moderna, em 1967, viajou para osEstados Unidos, fixando-se em Nova Jérsei. Em 1971 retornou a Belo Horizonte, dedicando-se a atividades artísticas e educacionais. Dirigiu a FundaçãoEscola Guignard (1974/77), onde ensinou expressão bidimensional e tridimensional. Foi professor de composição e escultura na Escola de Belas Artes da UFMG (1979/90) e de escultura na Fundação de Arte de Ouro Preto-FAOP (1979).
Em 2005, a Quinta Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, o escolheu como o grande homenageado do evento, a partir da indicação do Curador-Geral, Paulo Sergio Duarte. Coube ao Curador-Assistente da Bienal, José Francisco Alves, a curadoria das cinco exposições do homenageado, em diversos locais e instituições de Porto Alegre, se constituindo na maior e mais completa exibição de trabalhos do artista até hoje realizada, com obras de coleções de vinte e oito cidades, de cinco estados brasileiros. Um dos destaques dessa Bienal do Mercosul foi a pesquisa e a exposição, pela primeira vez, da ampla produção de Amilcar de Castro nas artes gráficas, como paginador e ilustrador, da década de 1950 a princípios do séc. XXI, em especial com originais e fac similes de jornais, livros, revistas, cartazes e outras peças gráficas, tais como os trabalhos realizados para a Manchete (revista), entre1956 e 1957, o Jornal do Brasil, entre 1957 e 1961, e o Jornal de Resenhas da Folha de São Paulo, entre 1999 e 2003.
Amilcar de Castro é considerado pelos críticos e historiadores da arte um dos escultores construtivos mais representativos da arte brasileira contemporânea.

[editar]Bibliografia

  • ALVES, José Francisco. "Amilcar de Castro - Uma Retrospectiva", Porto Alegre: Fundação Bienal do Mercosul, 2005, 276 p., português, inglês e espanhol.
  • ALVES, José Francisco. "Transformações do Espaço Público", Porto Alegre: Fundação Bienal do Mercosul, 2006, 128 p., português e inglês.
  • "Amilcar de Castro — Depoimento". Belo Horizonte: C/Arte, 2ª Edição, 2002, 96 p.
  • BRITO, Ronaldo et al. "Amilcar de Castro". São Paulo: Takano, 2001, 306 p.
  • BRITO, Ronaldo."Neoconcretismo — vértice e ruptura do projeto construtivo brasileiro". São Paulo: Cosac & Naify, 1999, 112 p.
  • CHIARELLI, Tadeu. "Amilcar de Castro: corte e dobra". São Paulo: Cosac & Naify, 2003. 188 p.
  • GULLAR, Ferreira. "Etapas da Arte Contemporânea. Do cubismo ao neoconcretismo". São Paulo: Nobel, 1985, p. 260–262.
  • GULLAR, Ferreira. "A experiência Radical". In: BRITO, Ronaldo et al. São Paulo: Takano, 2001 (p. 268)
  • LESSA, Washington Dias. "Dois Estudos de Comunicação Visual". Rio de Janeiro: Editora UERJ, 1995, 112 p.
  • PELEGRINO, Hélio. "Todas as coisas voam". In: BRITO, Ronaldo et al, São Paulo: Takano, 2001 (p. 267) [1987].
  • MORAIS, Frederico. "O primeiro gesto". In: BRITO, Ronaldo et al. São Paulo: Takano, 2001 (p. 261) [1983].
  • NAVES, Rodrigo, et al. "Amilcar de Castro". São Paulo, Tangente, 1991.
  • SAMPAIO, Márcio. "Vida e Arte — uma poética em construção" [Biografia de Amilcar de Castro]. In: BRITO, Ronaldo et al. São Paulo: Takano, 2001 (p. 202–242).

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