“Sou o espaço onde estou” (Noel Arnaud, in Bachelard, 1969)
O espaço se transforma e se sobrepõem assim como as lembranças. As arquiteturas concretas se entremeiam com aquelas da memória. De um mundo fechado, do atelier ou da casa, construímos nossas anamneses, lembranças que vão se justapondo na repetição dos gestos.
As relações do ser com espaço são fundamentais na existência. O ambiente que abriga é o mesmo que nos permite sonhar e também re-significar o passado. Todo lugar pretérito revistado no presente adquire uma nova reminiscência.
As obras de Amalia Giacomini ganham forma nessa relação entre a arquitetura, o espectador e o tempo. Como diante de uma porta entreaberta, vislumbramos as possibilidades, o indizível, o não representado. Estamos diante do tempo. Olhar entre o vão é desejar, é esperar e criar novas imagens.
A janela é, simbolicamente, o pórtico que possibilita nossa relação com o exterior. A uma certa distância e protegidos pelas paredes, construimos dali, pela primeira vez, o mundo que enxergamos. A janela descortina o olhar, é a ruptura entre o conforto e o desconhecido, a conexão entre o lugar onde estamos e o além do que vemos. É através dela que ampliamos nossa visão como um indivíduo que participa da ação observada.
As imagens sobrepostas em “Memória superficial”, revelam um espaço constantemente redesenhado e redescoberto, o concreto que, mais uma vez, faz alusão à construção da memória, do lugar vivido e reconstruído.
Na exposição “Entreaberto”, Amalia Giacomini exibe os próprios esquemas de representação do espaço no ambiente expositivo, mas acrescenta o mundo do lado de fora, refletido pelos devaneios e as relações do espectador com o objeto. Já não há mais cisão entre sujeito e matéria. Entre o estar e o ser, o palpável e o onírico, nas obras de Giacomini podemos nos reconhecer novamente com o espaço e, neste caso, ser o espaço onde estamos.
Curadoria: Paulo Kassab Jr.
"Eu sou o espaço onde eu sou" (Noel Arnaud, em Bachelard, 1969)
Espaço transforma e se sobrepõe apenas como memórias; arquiteturas concretas intercalam com os de memória. De um mundo fechado, o estúdio ou a casa, nós construímos nossas anamnese, memórias que justapõem na repetição de gestos.
As relações do ser com espaço são fundamentais na existência. O ambiente de habitação é o mesmo que nos permite sonhar e também re-significar o passado. Cada lugar passado procurou no presente adquire uma nova reminiscência.
As obras de Amalia Giacomini tomar forma nesta relação entre a arquitetura, audiência e tempo. Como na frente de uma porta entreaberta, vislumbramos as possibilidades, o indizível, o unrepresented. Estamos à frente de tempo. Olhando para o fosso é desejar, esperar e criar novas imagens.
A janela é, simbolicamente, o portal que torna possível a nossa relação com o exterior.A uma certa distância e protegido por paredes, vamos construir a partir daí, pela primeira vez, o mundo que vemos. A janela uncurtains o olho, é a ruptura entre o conforto eo desconhecido; a conexão entre o lugar onde estamos e para o além do que vemos. É através deste que ampliamos nossa visão como um indivíduo que participa da ação observada.
As imagens sobrepostas em "Memory Superficial" revelam um espaço constantemente redesenhado e reencontrada, o concreto que, mais uma vez, alude à construção da memória, o lugar habitado e reconstruído.
Na exposição "Entreaberto" (entreaberta), Amalia Giacomini apresenta a sua própria representação contornos de representação do espaço no ambiente de exposição, mas acrescentando o mundo exterior, refletida por devaneios e as relações do público com o objeto. Já não existe uma separação entre sujeito e matéria. Entre o ser, o palpável eo ilusório, nas obras de Giacomini podemos reconhecer-nos novamente com o espaço e, neste caso, ser o espaço onde estamos.
Comissariada por: Paulo Kassab Jr.
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