A Galeria Pilar tem o prazer de apresentar, entre 05 e 28 de marco de 2015, a segunda exposição individual da artista Renata Tassinari na galeria. Esta exposição inédita complementa a retrospectiva da artista, em cartaz no Tomie Ohtake, que em cartaz percorre 30 anos de sua trajetória. A artista Laura Vinci assina o texto da exposição.
Nesta mostra, a artista reúne sua produção mais recente, uma série de paineis criados, ora em tinta acrílica, ora em óleo, nos quais a moldura faz parte do trabalho, colocando sua produção no limite entre a pintura e o objeto. Uma série de desenhos em inventivas composições de cores e formas completam a exposição.
Nos últimos anos a pintura de Renata Tassinari se transformou em um campo fértil de pesquisas e inovações. O quadro deixou de ser um elemento neutro e passou a fazer parte da estrutura da obra. A artista pinta sobre uma superfície de acrílico, que numa abordagem mais tradicional, seria parte do enquadramento de uma obra. Ao mesmo tempo, deixa a moldura de certas seções da obra cobrir apenas um papel em branco. Onde deveria haver a transparência do acrílico protetor de uma folha de desenho, vemos pintura e, inversamente, onde a folha de papel se deixa ver, há apenas o branco do papel que assim se transforma em cor.
Para a artista Laura Vinci, que assina o texto da exposição, o trabalho de Tassinari é uma declaração profunda de admiração pela obra de Mira Schendel. “Mesmo quando os quadrados são levemente diferentes: quando a cor está dentro da moldura acrílica deixando a borda branca aparecer”, completa ela.
A cor sempre foi um elemento fundamental na obra da artista. Colocar cores num quadro e pelo quadro habitar o mundo com cores. Essa é uma breve descrição do ela sempre buscou.
Para Taisa Palhares, que assina a curadoria da atual exposição da artista no Instituto Tomie Ohtake “ao mesmo tempo em que as diferentes texturas dos materiais potencializam a superfície colorida da tela, essas ações remetem a um questão central para a pintura contemporânea” Ainda segundo ela, “a tensão entre a autonomia da cor e a pintura como objeto manufaturado, é o que mais interessou a artista ao longo de sua carreira.
Numa recente matéria de jornal sobre a exposição de Renata Tassinari no Instituto Tomie Othake, a artista fez o seguinte comentário: “Eu quero que minhas pinturas tenham a alegria da cor das telas do Matisse, e considero mesmo que sou uma colorista”
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