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ClimaInfo, 6 de abril de 2022.

 


 

Uma leitura diária dos muitos assuntos relacionados como mudanças climáticas
6 de abril de 2022


IPCC: o tempo das promessas ficou para trás - precisamos de ação imediata
Os cientistas alertam há algum tempo, mas o novo relatório do IPCC eliminou qualquer margem de dúvida: se quisermos efetivamente evitar o pior da mudança do clima e conter o aquecimento do planeta em, no máximo, 1,5oC neste século, precisamos reduzir nossas emissões de gases de efeito estufa imediatamente. A hora das promessas já passou: precisamos de ação contra a crise climática.
“A menos que existam reduções imediatas e urgentes em todos os setores, 1,5oC está fora de alcance”, alertou Jim Skea, do Imperial College de Londres, citado por Daniela Chiaretti no Valor. Segundo o IPCC, para manter viva a meta de 1,5oC, tal como definido pelo Acordo de Paris, o pico histórico das emissões precisa acontecer até 2025 e elas precisam ser cortadas em 43% até o final desta década, em relação aos níveis de 2019. Qualquer atraso nesse processo inviabilizará as possibilidades da humanidade escapar de mudanças desastrosas no clima.
“Hoje, o business-as-usual se tornou perigoso”, afirmou Mercedes Bustamante (UnB), uma das pesquisadoras envolvidas na redação do novo relatório do IPCC, ao Estadão. “Passar de um aumento de 1,5oC ainda que temporariamente (como mostra um dos cenários do relatório) vai aumentar muito esse impacto, com a perda de eficiência desses ‘drenos naturais’ de carbono que são os ecossistemas”. Bustamante ressaltou também a mensagem principal do IPCC: ainda dá tempo de evitar o pior, mas a resposta precisa acontecer agora.
Mais do que promessas, os países também precisam avançar com planos de ação bem estruturados, com indicações evidentes sobre o tipo de resposta e o cronograma de implementação. Para Roberto Schaeffer (UFRJ), outro colaborador do relatório do IPCC, as metas dos países sob o Acordo de Paris são tigres de papel se não estiverem acompanhadas por esse detalhamento. “Não significa nada dizer que em 2050 vai diminuir tanto. Eu quero saber como você vai chegar lá. Isso que ninguém está falando”, disse Schaeffer à Agência Pública. “É preciso propor metas de longo prazo, dizendo qual o caminho para chegar lá. Quero que a NDC fale de 2030, mas fale como vai ser em 2028, 2029, 2027”.
Não à toa, o próprio secretário-geral da ONU, António Guterres, deu um senhor puxão-de-orelha nos países depois da divulgação do relatório do IPCC. “Esse relatório é uma ladainha de promessas climáticas quebradas. Alguns líderes governamentais e empresariais estão dizendo uma coisa, mas fazendo outra. Simplificando, eles estão mentindo”, disse Guterres com sua franqueza característica. “Governos e corporações de alta emissão não estão apenas fechando os olhos; eles estão adicionando combustível às chamas”. Folha e Valor destacaram a fala irritada do chefe da ONU.

Em tempo: Vale a pena conferir a síntese dos “recados” do IPCC feita pelo Observatório do Clima. Tem bronca para todos os lados, mas também indicação de caminhos potenciais para que o mundo intensifique a transição para o carbono zero e viabilize cortes substanciais em suas emissões já nesta década.


Indígenas iniciam mobilização em Brasília contra política bolsonarista
Representantes indígenas de todo o Brasil iniciaram na última 2ª feira (4/4) a 18ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), em Brasília. O evento, que deve reunir cerca de 8 mil indígenas até o próximo dia 14 na capital federal, pretende reforçar a mobilização indígena dos últimos meses contra diversos projetos de lei e políticas do governo Bolsonaro que atentam contra seus direitos fundamentais e o meio ambiente. O acampamento está montado no complexo da Fundação Nacional de Artes (Funarte), no Eixo Monumental, em Brasília.
Um dos focos da mobilização é ressaltar a importância da representatividade indígena nos espaços de poder. Isso se torna ainda mais importante neste ano, com as eleições para a Presidência e o Congresso Nacional se aproximando. A proposta da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), uma das entidades responsáveis pelo ATL, é lançar uma bancada indígena no Legislativo federal, com candidatos a deputado federal e senador alinhados com os interesses e as necessidades dos Povos Indígenas brasileiros e que possam fazer o contraponto com a poderosa bancada ruralista no Congresso. “Quando falamos em aldear a política, estamos querendo garantir que nós tenhamos representatividades indígenas nestes espaços de política institucional”, afirmou Sonia Guajajara, coordenadora da APIB.
Por falar em indígenas, a Deutsche Welle repercutiu uma carta enviada por parlamentares alemães ao Congresso Nacional expressando preocupação com os projetos de lei que liberam a mineração em Terras Indígenas e alteram as regras de demarcação. Na carta, os representantes alemães argumentam que a aprovação desses projetos “representaria uma enorme ameaça aos direitos dos Povos e Comunidades Indígenas e Tradicionais do Brasil”, além de prejudicar ainda mais os esforços de conservação do meio ambiente e combate ao desmatamento na Amazônia.
Metrópoles e ((o)) eco destacaram a mobilização indígena.

Em tempo: O juiz Luiz Régis Bomfim Filho, da 1ª Vara Federal Criminal do Maranhão, mandou a júri popular duas pessoas acusadas pelo assassinato do líder indígena Paulo Paulino Guajajara em novembro de 2019. Os acusados, Antonio Wesly e Raimundo Nonato, também respondem pela morte de Marcio Gleik Moreira Pereira e por tentativa de homicídio contra o também indígena Laércio Sousa Silva. O crime aconteceu na Terra Indígena Araribóia: os acusados invadiram o terreno para caçar ilegalmente animais silvestres e, em um embate com os indígenas, acabaram desferindo tiros contra o grupo. O Estadão deu mais informações.


Mineração em Terras Indígenas será votada ainda em 2022, promete Lira
Enquanto os indígenas brasileiros se mobilizam contra o “pacote da destruição” em tramitação no Congresso Nacional, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou nesta 2ª feira (4/4) que pretende pautar o projeto de lei (PL) 191/2020, que abre as Terras Indígenas para atividades de mineração, até o final deste ano. Atualmente, o PL está à espera da criação de um grupo de trabalho na Câmara para avaliar a proposta e debatê-la. O Valor repercutiu essa informação.
A expectativa inicial do governo Bolsonaro, principal interessado em sua aprovação, era de que o PL fosse votado ainda em abril. No entanto, a fala de Lira deixa em aberto esse cronograma, sem confirmar nem mesmo uma eventual votação neste semestre. Lembrando que, historicamente, o Congresso tem dificuldades para votar e aprovar projetos durante o período eleitoral - ou seja, se o PL não for votado até julho, dificilmente ele será devidamente analisado pelo Congresso até o final do ano.
Por falar no PL da Mineração, Roberto Kaz abordou na piauí como nem mesmo as principais empresas do setor tiveram coragem de abraçar a proposta apresentada e defendida pelo governo Bolsonaro para liberar a atividade em Terras Indígenas. A reportagem também destacou como Lira tem moldado seu discurso e sua estratégia na análise do PL, tendo em vista as mudanças que aconteceram nas bancadas durante a janela de transferências partidárias e o contexto socioeconômico em torno da questão.

Em tempo: Nesta 3ª feira (5/4), a Polícia Federal iniciou uma operação contra suspeitos de receptação de ouro extraído ilegalmente na Amazônia. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em três estados - São Paulo, Mato Grosso e Pará. O inquérito também conseguiu o bloqueio pela Justiça Federal de R$ 146 milhões em contas bancárias e investimentos dos envolvidos. A Agência Brasil repercutiu a notícia.


Sem definição sobre novo presidente, Petrobras reajusta combustível aéreo
Segue o vai-e-vem do governo federal com a presidência da Petrobras. Depois de Adriano Pires, indicado por Bolsonaro para suceder o general Joaquim Silva e Luna, recusar o comando da estatal, a aposta do momento é o nome de Caio Mario Paes de Andrade, secretário especial de desburocratização, gestão e governo digital do ministério da economia. Homem de confiança do ministro Paulo Guedes, Paes de Andrade cumpre um dos requisitos mais importantes para o Palácio do Planalto na condução da Petrobras: alinhamento com os interesses do presidente da República.
O problema é que, como o Valor lembrou, o secretário de Guedes não tem experiência no setor de óleo e gás, o que - ao menos em tese - inviabilizaria sua aprovação para o comando da empresa. De toda maneira, o governo Bolsonaro não quer queimar a largada de novo e deseja anunciar um nome do novo presidente da Petrobras acima de qualquer incerteza; por isso, o Planalto deve agir com mais cautela antes de anunciar a indicação.
Correio Braziliense e O Globo explicaram as dificuldades institucionais enfrentadas pelo Planalto para a escolha do presidente da Petrobras. Por um lado, Bolsonaro não esconde que quer uma pessoa que esteja totalmente submetida aos caprichos presidenciais do momento. Por outro, as regras de governança aprovadas no governo Temer tornaram a estatal menos exposta à variação do gosto e da opinião do presidente da República, o que explica a comédia de erros na qual Bolsonaro se enfiou desde a semana passada. “É muito difícil atrair um gestor de credibilidade do mercado depois que se viu a maneira como o presidente trata os executivos [da Petrobras]”, comentou Míriam Leitão n’O Globo. “Ele frita publicamente, agride nas redes sociais e depois demite sem respeito à biografia”.
Em meio à indefinição sobre seu futuro presidente, a Petrobras anunciou na última 6ª feira (1º/4) um novo reajuste no preço da querosene de aviação, com aumentos de mais de 18% em vários polos, como Duque de Caxias (RJ), Guarulhos (SP) e Paulínia (SP). O preço da QAV da Petrobras em Guarulhos, por exemplo, passou de R$ 3,99 mil/m3 em março para R$ 4,7 mil/m3. O reajuste deve ter reflexos no preço da tarifa aérea no mercado brasileiro, já pressionada pela inflação interna e externa e ainda sofrendo com os efeitos da pandemia no setor da aviação civil. Folha e Poder360 deram mais informações; o Poder360 também lembrou que o custo da QAV aumentou 145% nos últimos dez anos.



Eólicas ganham espaço e Brasil sobe em ranking internacional
Um levantamento feito pela Global Wind Energy Council (GWEC) divulgado nesta semana mostrou que a geração eólica no Brasil se expandiu no último ano, com o país subindo uma posição no ranking mundial de energia eólica onshore. Em 2021, o Brasil se tornou o 6º país com mais eólicas do mundo, com capacidade instalada de 21,5 GW, atrás apenas da China (310,6 GW), Estados Unidos (134,3 GW), Alemanha (56,8 GW), Índia (40 GW) e Espanha (28,3 GW). O mercado brasileiro também voltou a figurar entre os três que apresentaram o maior ritmo de crescimento no último ano, junto com Estados Unidos e China.
“Estamos agora com 21,5 GW e 795 parques eólicos”, comentou Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), ao Valor. “Já são mais de 9 mil aerogeradores em operação e somos a 2ª fonte da matriz elétrica. Considerando o que já temos em contratos assinados, vamos chegar a 2026 com pelo menos 36 GW”.
No geral, o ano de 2021 foi bastante positivo para a geração eólica em todo o mundo. Quase 94 GW de capacidade foram adicionadas no ano passado, o segundo melhor resultado histórico do setor, apesar da pandemia de COVID-19. A capacidade total instalada global é de 837 GW, com destaque para o avanço das eólicas na China (+30,7 GW) e nos Estados Unidos (+12,7 GW). Sob um recorte regional, a África e o Oriente Médio tiveram a maior taxa de crescimento de instalações eólicas em 2021, com aumento de 120%, seguidos pela América Latina (27%) e Europa (19%).
Mas nem tudo é festa. Apesar do crescimento, o ritmo ainda está aquém do necessário para que os objetivos climáticos dos países sob o Acordo de Paris sejam cumpridos. “A indústria eólica continua avançando e entregando, mas elevar o crescimento ao nível necessário para alcançar o net-zero e a segurança energética exigirá uma abordagem nova e proativa para a formulação de políticas em todo o mundo”, argumentou Ben Backwell, CEO do GWEC. “Os últimos 12 meses devem servir como um grande alerta de que precisamos avançar decisivamente e mudar para sistemas de energia do século XXI baseados em fontes renováveis”.
A CNN Brasil também repercutiu a notícia.

Em tempo: Ainda sobre geração eólica, a expectativa do governo federal é de que o primeiro leilão de geração offshore aconteça entre setembro e outubro. No começo do ano, o governo criou um grupo de trabalho para definir as regras e normas para empresas interessadas em instalar parques eólicos offshore no Brasil. De acordo com o ministério do meio ambiente, o potencial de geração offshore eólica ao longo da costa brasileira chega a 700 GW, quatro vezes a produção total do país.
A notícia é da AFP, republicada pelo UOL.



Crise climática: para evitar o pior, precisamos superar nossa dependência de combustíveis fósseis
A divulgação do novo relatório do IPCC sobre os caminhos da mitigação da mudança do clima deixou um gosto amargo de óleo na boca de muita gente. Para a Bloomberg, a ex-secretária-executiva da UNFCCC, Christiana Figueres, não economizou nas críticas à resposta de governos e empresas à crise climática, refletida nas constatações do documento sobre o estado do problema. “Não tenho palavras para explicar. ‘Preocupante’ não é suficiente. Estamos além do imoral: é suicida. Não há nada de novo que qualquer relatório possa nos dizer sobre o que devemos fazer. A lacuna que identificamos anos atrás não está se fechando; na verdade, está aumentando”.
A principal bronca está na incapacidade (ou indisposição, a depender do recorte) dos países em se distanciar decisivamente da energia fóssil, a despeito de seus compromissos climáticos e do avanço de fontes renováveis de energia. Pior: ao invés de abandoná-la, os governos estão jogando mais dinheiro na indústria fóssil, com novos subsídios e isenções fiscais para baratear o preço econômico da energia. Além disso, como a Bloomberg assinalou, o sistema financeiro ainda está míope na análise dos riscos climáticos de seus investimentos, com reguladores e investidores reagindo de forma lenta. O Guardian também destacou o peso da energia fóssil que segue amarrado à perna da humanidade na corrida contra a mudança climática.
A Reuters destrinchou alguns itens do relatório do IPCC. Um dos pontos destacados é a recomendação dos cientistas do Painel para que os países avancem com medidas de proteção do meio ambiente e de florestas, modifiquem processos produtivos na agricultura para diminuir a pegada de carbono do setor e incentivem mudanças na dieta das pessoas para reduzir o consumo de alimentos com alto impacto em gases de efeito estufa. Outro ponto abordado é a orientação para que o setor financeiro amplie o volume de recursos destinados para facilitar projetos de mitigação e adaptação climática, com a necessidade de aumentá-lo em pelo menos três vezes em relação aos níveis atuais. Também pelo recorte das soluções, as cidades despontam como um espaço preferencial para ação climática, especialmente no que diz respeito à mobilidade urbana e a recuperação de áreas verdes.
A BBC também fez uma síntese das principais recomendações do IPCC para que o mundo avance com a mitigação climática ainda nesta década.



Guerra na Europa impulsiona lucro de grandes empresas de petróleo e gás
Para surpresa de zero pessoas, a indústria do petróleo, carvão e gás natural está aproveitando a alta recente nos preços dos combustíveis fósseis, precipitada em parte pelos efeitos da invasão da Rússia à Ucrânia, para fazer dinheiro - muito dinheiro, aliás.
Um relatório divulgado nesta 3ª feira (5/4) pelas organizações Friends of the Earth, Public Citizen e BailoutWatch analisou os registros oficiais das principais companhias do setor nos Estados Unidos (incluindo Chevron, ConocoPhillips, Devon Energy, EOG Resources e ExxonMobil) e descobriu que a bonança do mercado global está impulsionando uma recompra de ações na bolsa de valores por essas empresas. Além de aumentar o preço das ações, a recompra também permite ampliar o lucro dos investidores e aumentar a remuneração dos executivos.
Segundo a análise, os conselhos de seis empresas do setor autorizaram a recompra de US$ 24,35 bilhões em ações em fevereiro passado, já em meio às expectativas de uma ação militar russa na Ucrânia. Pelo menos 11 empresas conseguiram aumentar seus dividendos nos primeiros dois meses de 2022, sendo que nove conseguiram aumentos de mais de 15% e quatro, aumentos que superaram os 40%. “Esta é uma aula de mestre em especulação de guerra”, disse Lukas Ross, da Friends of the Earth, ao Washington Post. “O desastre humanitário e a dor do consumidor estão sendo transformados em lucros para Wall Street em tempo real”.



Países criam hub global para intensificar cortes de metano até 2030
Anunciado durante a Conferência do Clima de Glasgow (COP26), o Global Methane Hub começou a ganhar concretude nesta semana, com o anúncio do ex-ministro chileno do meio ambiente, Marcelo Mena, para chefiar o grupo, e com o sinal verde para os primeiros financiamento para projetos de redução de metano. Criado por iniciativa dos Estados Unidos e da União Europeia, o Hub tem como objetivo facilitar esforços para acelerar a redução das emissões de metano nesta década, de maneira a viabilizar o compromisso assumido por 110 países na COP26 para reduzir coletivamente o volume de metano liberado na atmosfera em 30% até 2030.
Em conversa com o Climate Home, Mena afirmou que a ideia é que todos os países signatários do compromisso apresentem metas específicas para redução do metano em suas NDCs até a Conferência de Sharm el-Sheik (COP27), no Egito, em novembro deste ano. “As vitórias rápidas estão no setor de petróleo e gás”, destacou o ex-ministro chileno, que também ressaltou oportunidades de redução das emissões de metano na agricultura e em resíduos. “Precisamos lidar com os setores negligenciados de gerenciamento de resíduos e sistema alimentar para cortar o metano”.
Por falar em metano, a Bloomberg mostrou imagens de satélite que indicam um aumento da liberação de metano em instalações de extração de gás natural da Gazprom, empresa russa responsável pela venda deste produto aos mercados europeus de energia. As plumas de metano foram identificadas no mês passado durante a realização de reparos em equipamentos. Isso acontece em meio a tensões entre Moscou e Ocidente sobre as sanções internacionais impostas à Rússia depois da invasão à Ucrânia, com os países europeus sob pressão crescente para abandonar o consumo de petróleo e gás russos.

Em tempo: A invasão russa à Ucrânia destacou alguns “pontos-cegos” dos investimentos ESG no mercado internacional. Segundo a Bloomberg, cerca de US$ 9,5 bilhões em fundos que teoricamente atendiam a padrões ambientais, sociais e de governança do mercado financeiro europeu estavam na Rússia, país com histórico problemático na parte de Direitos Humanos e meio ambiente e que, agora, é acusado também de crimes de guerra.



Para participar:
Jornadas pelo Clima
O Climate Reality Project no Brasil, junto com a UMAPAZ, oferecerá um processo de aprendizagem ativa de educação climática baseada na ciência para qualquer pessoa que deseje ampliar seu conhecimento. O percurso cria um espaço de aprendizado leve, fomentando o desenvolvimento de habilidades socioemocionais através de ferramentas de jogos e elementos culturais. As Jornadas pelo Clima estimulam, assim, o protagonismo e a colaboração ao convidar os participantes a colocarem o conteúdo na prática em microprojetos relacionados a seus contextos. As inscrições para a próxima turma estão abertas, sendo que o treinamento acontecerá ao longo de cinco 6as feiras, com sessões das 9h às 12h, de 29 de abril a 27 de maio.
Mais informações e inscrições aqui.

 


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